quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Wicca Alexandrina

Redigido pelos Anciãos da Tradição Alexandrina da Wicca em 14 de Novembro de 2004

O que é a Wicca?

Os Alexandrinos definem a Wicca como uma religião Iniciática, Mistérica Pagã sujeita a juramentação de votos, experimental por natureza e que tem as suas origens nas Ilhas Britânicas.
No entanto o termo “Wicca” ter sido adoptado pelo movimento Pagão/Neo-Wiccan que tem vindo a crescer nos últimos vinte anos. Para distinguir as Tradições originais da Wicca dos grupos não iniciáticos, referimo-nos à nossa Tradição como ‘British Traditional Wicca’ (BTW) nos Estados Unidos e na Europa como ‘Traditional Wicca’ (TW).
Para simplificar as coisas, neste artigo sempre que se refere a Wicca, estamos a referirmo-nos-nos exclusivamente à BTW/TW a não ser que seja indicado o contrário.1

Origens da Tradição Alexandrina da Wicca

Será importante lembrar que as “tradições” tal como as conhecemos agora, não existiam no inicio da ‘Tradição Alexandrina’.
A nossa Tradição tem as suas origens naquilo que hoje se chama a Wicca Gardneriana, a qual na altura se chamava simplesmente “The Wica” ou “A Velha Religião”.
O nome “Alexandrina” é na generalidade visto pelos iniciados da Tradição como uma referência ao seu ‘fundador’, Alex Sanders, mas também uma referência à Grande Biblioteca de Alexandria, a qual era o centro do conhecimento Oculto da Antiguidade.
Alex Sanders foi iniciado na Wicca no inicio dos anos 60.
Mais tarde ficou conhecido por ser um excelente Mago Cerimonial e pelo título de “Rei das Bruxas(os)” o qual lhe foi atribuído pelos lideres de alguns dos seus Covens no final dos anos 60.
Segundo Maxine Sanders, sua ex-mulher, ele era membro de pelo menos dois Covens antes de casar com Maxine e de fundar o Coven Alexandrino de Londres (London Coven) do qual muitos Alexandrinos descendem.
Alex era bastante extrovertido e, entre outras coisas, um show-man nato.
Ele tirava partido da Imprensa sempre que tinha oportunidade, para grande desconforto na altura de alguns Anciãos mais conservadores.
Alex era conhecido por ser um excelente curandeiro, um prescutador e um poderoso bruxo e mago.
As suas incursões nos média valeram-lhe a publicação da sua biografia romantizada sob o título de King of the Witches da autora June Johns e mais tarde à publicação da clássica ‘biografia de um Coven’, What Witches Do, de Stewart Farrar.
Os Sanders tornaram-se bastante conhecidos no Reino Unido durante os anos 60 e 70 e são responsáveis por terem revelado e trazido a Craft a público pela primeira vez.
Um excerto de um texto de Maxine Sanders descreve de forma exemplar todo este processo:

“Apesar do interesse extremo dos paparazzi, as muitas e sinceras Iniciações feitas nos Covens de Alex e Maxine Sanders, durante e desde esse período, vieram criar lugar para uma linhagem da Witchcraft que desde então se espalhou por todo o mundo.”

E de facto foi o que aconteceu.
Em parte como resultado das incursões feitas por Alex Sanders nos média, mas também como resultado dos conflitos entre Alex Sanders e duas conhecidas Sacerdotisas Wiccan da altura, formou-se uma clara divergência, que resultou no crescimento gradual do que posteriormente se veio a chamar de Tradição Alexandrina da Wicca, nascendo assim uma das primeiras ‘tradições’ modernas da wicca.
O termo “Alexandrina” foi, segundo Maxine Sanders, atribuído por Stewart Farrar aquando da escrita do seu livro What Witches Do em 1970.
No entanto, uma entrevista com Sanders feita por Stewart Farrar em 1969, Alex clarifica um pouco mais esta questão. Alex é citado dizendo:

“aqueles [feiticeiros(as)] que não querem publicidade, têm a tendência de se referir aos meus(minhas) Bruxos(as) como ‘Alexandrinos’.”

Eis a explicação.
Ou o termo foi uma criação de Alex Sanders ou o resultado de um termo inventado como referência sarcástica e crítica, da mesma forma que o termo “Gardnerianos”.
Os primeiros iniciados de Sanders referem-se a si próprios simplesmente como “The Wicca” (Os Wicca) ou Witches (Feiticeiros ou Bruxos).
O nome da linhagem de Sanders foi aplicado apenas nos princípios dos anos 70.
A nossa Tradição tem tido ambas a felicidade e infelicidade de ser uma das, se não a Tradição Wiccan melhor documentada até à data . Naturalmente muitas confusões têm surgido à cerca da nossa Tradição, as quais se espera que fiquem esclarecidas neste artigo.
Ao contrário daquilo que normalmente se pensa, nem todos os Alexandrinos trabalham Magia Cerimonial, tal como a Cabala, Magia dos Anjos ou Magia Enochian.
Alguns praticam-nas, outros não.
Alex Sanders encontrava-se sempre num processo evolutivo das suas próprias práticas mágicas passando novos conhecimentos e técnicas aos seus iniciados.
O resultado deste processo está na existência de muitas linhagens diferentes que descendem de Alex Sanders, cada uma com as suas particularidades mas partilhando do mesmo corpo de conhecimento Tradicional Wiccano.
Alguns Alexandrinos estão fortemente orientados no sentido da Magia Cerimonial enquanto outros estão mais orientados para a Magia Popular.
Tudo depende não só da linhagem e origem de cada um, como também das opções individuais e de Coven.
O ensino sempre foi um ex libris da Tradição Alexandrina, com cada nova geração adicionando mais conhecimento à geração precedente contribuindo para a constituição de Sacerdotes e Feiticeiros(as) detentores de novos conhecimentos.
Esta diversidade proporciona uma tradição dinâmica e efectiva, com os pés bem assentes na Wicca Tradicional mas de olhos no futuro.
Outra das muitas confusões à cerca da Tradição prende-se com a publicação que Alex Sanders e o casal Farrar fizeram dos conhecimentos integrais da tradição, bem como o Livro das Sombras na sua totalidade.
Qualquer um que leia os livros tanto de Alex Sanders como dos Farrar verificarão que isto é absolutamente falso, mesmo até pelas declarações dos próprios autores nas suas obras.
Alex Sanders fez a sua passagem para Além do Véu na Noite de Beltane em 30 de Abril de 1988 depois de ter sofrido e convalescido de cancro do pulmão. Após a morte de Alex Sanders, o Concelho Britânico dos Anciãos da Tradição Alexandrina reuniu-se e redigiu o seguinte documento:

Declaração do Concelho de Anciãos da Tradição Alexandrina

Na Quinta-Feira dia 12 de Maio de 1988 reuniram-se os Anciãos da Tradição Alexandrina
É da Lei da Craft que um Rei seja escolhido pela Craft quando a necessidade assim o exige. Depois de larga consideração, foi decidido que não existe necessidade da existência de um Rei das Bruxas.
Felizmente que assim é pois não existe neste momento ninguém que esteja devidamente preparado para desempenhar tal papel.
Alex Sanders conduziu os Filhos Ocultos da Deusa na Luz. Foi uma tarefa excepcionalmente bem desempenhada, e foi também o seu ultimo e mais profundo desejo que estes continuem o seu trabalho na luz.


Tal Concelho nunca mais se reuniu.

Crenças:

Tradicionalmente nós trabalhamos com e prestamos homenagem aos Antigos Deuses da Europa, com maior incidência na Deusa da Lua e no seu Consorte, o dos Cornos.
Os nossos Deuses não são ciumentos, e como tal, os iniciados Alexandrinos poderão trabalhar com outras divindades a nível pessoal ou em grupo.
Almejamos uma ligação e entendimento pessoal com a divindade e com os nossos ancestrais, mas também com com os ritmos e marés da natureza, e como tal não temos intermediarios, apenas Sacerdotes e Sacerdotisas.
Acreditamos no poder da magia e no uso de técnicas tradicionais e técnicas novas para atingir os nossos objectivos.

O Papel do Clero:

A Wicca é muito diferente de outras religiões pois não temos intermediarios.
Cada iniciado da nossa Tradição é um Sacerdote ou Sacerdotisa dos nossos Deuses por direito.
Alguns dos nossos Sacerdotes e Sacerdotisas são bastante activos nas comunidades pagãs locais, proporcionando handfastings (casamentos) e outros ritos de passagem bem como Festivais públicos.
Outros trabalham fora do olhar do público concentrando-se no trabalho dos seus Covens ou nas suas demandas pessoais.

Organização de Grupos:

A Tradição Alexandrina está organizada em Covens.
Alguns grupos trabalham skyclad[1] enquanto outros preferem trabalhar com túnicas. Independentemente da preferência do Coven, alguns ritos são feitos skyclad[1] por todos os Covens Alexandrinos reconhecidos.
Para se tornar um iniciado da Tradição Alexandrina, tem de se ser iniciado por um Sumo Sacerdote ou Sacerdotisa Alexandrina devidamente preparada e autorizada numa iniciação cruzada em género[2].
Os nossos ritos de iniciação tradicionais deverão ser usados sem omissões, tal como foram passados por cada linhagem desde o Coven Alexandrino original.
A “Auto-iniciação” não é possível na Wicca Alexandrina.
A nossa Tradição contém três níveis chamados Graus.
Um iniciado do primeiro grau é um Sacerdote ou Sacerdotisa da Tradição e um iniciado do segundo grau, é um Sumo Sacerdote ou Sumo Sacerdotisa da tradição e Ancião do Coven.
O terceiro grau é normalmente reservado aos lideres de Coven.
O tempo entre cada grau pode variar substancialmente de linhagem para linhagem e depende dos objectivos e pontos de vista de cada Coven no que respeita à iniciação e à experiência na aprendizagem.
Na Tradição Alexandrina cada individuo têm a sua progressão através dos graus, no seu crescimento interior e nos Deuses, não no tempo em que fica em cada um dos níveis.
Um iniciado de segundo grau poderá deixar o seu Coven e formar um novo, e também pode iniciar até ao seu grau na maior parte das linhagens, com a autorização dos seus Anciãos.
Os Covens liderados por Sumo Sacerdotes/Sacerdotisas de segundo grau estão sujeitos à orientação e autoridade dos Sumo Sacerdotes do Coven Mãe[3} até estarem preparados para serem elevados ao terceiro grau.
O nível de autoridade que um Ancião de segundo grau tem, varia muito de linhagem para linhagem.
Um Sacerdote ou Sacerdotisa de terceiro grau é completamente autónomo na nossa tradição, respondendo apenas aos Deuses e à Tradição em geral.
Autonomia não significa falta de discernimento ou sensatez.
Alem disto, muitas linhagens optam por ter no seu sistema um grau de neófito ou dedicante, permitindo a um individuo válido[4] participar em certos ritos antes de se dedicar aos Deuses de forma definitiva.
Isto faz com que o candidato seja exposto não só à Tradição mas também aos laços de “família” que constituem um Coven.
Permite também que tanto o candidato como os Anciãos do Coven possam decidir se a vocação e a dinâmica inter-pessoal existem no candidato ou não.
A nossa Tradição é Matriarcal.
A Sumo Sacerdotisa é considerada ‘prima inter paris’[5] e detém a palavra final em todos os assuntos de Coven.
Tradicionalmente a palavra de um Sumo Sacerdote ou Sumo Sacerdotisa é lei dentro do Coven. Este sistema tem vindo a ser chamado por alguns “uma ditadura benevolente”.
Tradicionalmente o Sumo Sacerdote co-lidera em cooperação com e apoiando a Sumo Sacerdotisa.
A Linhagem Iniciática é verificada em cruzamento de géneros[2] (feminino, masculino, feminino, etc) até a Alex Sanders e as suas Sumo Sacerdotisas tais como Maxine Sanders. As informações sobre a linhagem não estão sujeitas a juramento de segredo na nossa Tradição, mas também não são do domínio público, e a maior parte das vezes é considerado um assunto pessoal e privado.
Pouco tempo depois da Iniciação, cada candidato começa a copiar o Livro das Sombras pelo manuscrito do seu Iniciador.
É da responsabilidade de cada Iniciador, passar a Tradição, tanto oral como escrita, tal como lhe foi passada, sem quaisquer omissões.
Desta forma, a continuidade da nossa herança é assegurada.
O Livro das Sombras Alexandrino contém conhecimentos comuns a todas as linhagens embora com pequenas diferenças de linhagem para linhagem, pois Alex Sanders e os seus Iniciados estavam envolvidos num processo constante de evolução.
A essência do Livro das Sombras e os ritos de iniciação são a chave para todos os Alexandrinos legítimos, pois constituem o conhecimento comum que nos une a todos.
Contrariamente ao que se possa pensar, um indivíduo não pode comprar um Livro das Sombras Alexandrino, nem fazer o seu download através da Internet.
Embora estes livros[6] existam, são apenas compilações de informações/documentos já publicados e a intenção da sua existência apenas se justifica na perspectiva de constituir um conjunto de documentos, similares em estilo, ao Livro das Sombras que podem ser utilizados, apenas como referência, pelo estudante sério da tradição.
Estes documentos são, no entanto, diferentes do Livro das Sombras utilizado pelos Iniciados.
A única forma de obter um Livro das Sombras Alexandrino completo é ser iniciado de forma honrada.
A natureza e prática exacta dos Covens Alexandrinos poderá variar de linhagem para linhagem e de Coven para Coven mas com certos limites.
O treino/ensino foi sempre fortemente implementado na nossa Tradição vindo logo a seguir, em prioridade, ao serviço aos nossos Deuses. A maior parte dos Covens Alexandrinos têm um forte sentido de ‘familia’ bem como a consciência de que fazem parte de uma família maior e mais alargada Internacionalmente.

Festivais

A Wicca Alexandrina festeja os oito Sabbats da Roda do Ano.
Também nos reunimos tradicionalmente para celebrar os Esbats nas Luas Cheias realizando trabalhos, ensinando e celebrando a Deusa.
Ao contrário do que se pensa, nós não trabalhamos os Ciclos do Rei Carvalho e do Rei Azevinho, tal como é descrito pelos Farrar no seu livro Oito Sabbats para Bruxas (Eight Sabbats for Witches).
Embora alguns Covens e até alguns Feiticeiros(as) possam optar por trabalhar esses ritos, os Ciclos dos Reis Carvalho/Azevinho, NÃO fazem parte da Tradição Alexandrina.
Os próprios Farrar o clarificam no seu livro, mas no entanto a confusão ainda persiste.

Normas de Conduta

A Iniciação e Elevação na Wicca é um privilégio e não um direito.
A iniciação não é oferecida de forma leviana.
Para ser Iniciado na Wicca como Sacerdote ou Sacerdotisa, deve-se em primeiro lugar ser um individuo válido[7].
São os Anciãos do Coven que decidem a presença deste estatuto no individuo - juntamente com a ajuda e opinião daqueles que já fazem parte do grupo.
A sinceridade, o carácter, a maturidade, as escolhas espirituais, nível de compromisso, sentido ético e personalidade do candidato(a) são sempre considerados além de sinais esotéricos que os Anciãos possam encontrar.
Principalmente e em primeiro lugar, deverão consultar o Deus/Deusa e procurar o seu consentimento.
Os Anciãos devem também considerar se o candidato(a) poderá por ou não a Tradição em risco, abusar dos Mistérios os quais lhe serão confiados após a iniciação.
Resumindo, os Anciãos deverão confiar no seu próprio julgamento e intuição de forma serena e equilibrada.
Deverá existir empatia entre novos Iniciados e o Coven no qual eles são iniciados.
Um indivíduo que seja na generalidade válido para ser iniciado, poderá não ser aceite num grupo mas poder-se-á dar bem noutro.
O caminho do Sacerdócio não serve para aqueles que o procuram apenas pelo ‘estatuto’ ou simplesmente por ser uma experiência “radical”.
O caminho Iniciático não serve também aqueles que são mental, espiritual e emocionalmente desequilibrados.
É regra da Wicca que nunca se cobra dinheiro por Iniciações e/ou treino/ensino da nossa religião.
Na Tradição Alexandrina alguns Covens partilham as despesas básicas, pagando uma espécie de ‘cota’ ou simplesmente fazendo “passar o Chapéu da Bruxa” à medida que as despesas vão surgindo.
Temos a obrigação de manter a privacidade de outros iniciados.
Como tal, revelar o nome e identidade de outro Feiticeiro(a) sem o seu consentimento é evitado a todo o custo.
A linha de conduta da Ética da Tradição Alexandrina é a Rede Wiccan “Faz o que quiseres, mas não prejudiques a ninguém”.
Ao contrário do que se pensa, esta ‘máxima’ apenas refere que toda a actividade que não prejudique ninguém é permissiva.
Sem prejuízo a ninguém é um ideal nobre, mas não é de maneira nenhuma para ser tomado literalmente.
É literalmente impossível que um individuo possa viver a sua vida sem prejudicar ou causar prejuízo a nada ou ninguém.
No entanto somos totalmente responsáveis pelas escolhas que fazemos na nossa vida.
Uma das formas de interpretar a Rede é seguir o nosso mais alto ideal (o Querer - faz o que quiseres…) o que implica a escolha do caminho que cause menos prejuízo.
Á medida que crescemos na compreensão dos mistérios dos ciclos e marés da vida, começamos a tomar consciência da nossa ligação intrínseca a todos os seres do planeta.
O conceito de “Verdadeiro Querer” começa então a indiciar que o nosso trabalho se direcciona no sentido do bem supremo da forma que acharmos ser a mais apropriada.2

Formas de Culto

A Tradição Alexandrina é uma Tradição de Mistérios sujeita a ajuramentação de votos de segredo, e como tal, muitos dos pormenores de como e porquê trabalhamos da forma como trabalhamos, são segredo.
Este secretismo entre Iniciados da Wicca de Tradição Britânica tem vindo a ser alvo de detractores, implicando nas suas alegações que na certa se existe segredo é porque aquilo que fazemos não é lícito ou bom, ou então, que mantemos o secretismo com o propósito de enaltecer o ego (”temos algo que vocês não sabem o que é e por isso somos melhores que vós“).
Posto de forma simples, nenhuma destas alegações é verdadeira.
A nossa Tradição e tudo o que a constitui, é sagrado e privado e, nalguns casos, poderá causar efeitos secundários indesejados se utilizado por indivíduos que não sejam ensinados/treinados nas nossas técnicas.
Os Alexandrinos mantêm a privacidade dessa sacralidade através do segredo.
Nós não nos proclamamos detentores dos segredos do Universo.
Aliás, a maior parte dos nossos “segredos” teriam pouco ou nenhum interesse para aqueles que não são Iniciados na Wicca.
Será suficiente dizer apenas que os nossos ensinamentos se concentram no desenvolvimento do relacionamento pessoal com a Divindade, e uma consciência e sincronia com os Ciclos da Natureza, através de rituais e na nossa vida quotidiana.
Utilizamos técnicas tradicionais da WTB (Wicca de Tradição Britânica) no sentido de obter mestria e desenvolver as nossas capacidades como Feiticeiros, para que possamos nos ajudar a nós próprios e aos outros.
Métodos experimentais são também utilizados, pois a nossa tradição disponibiliza uma sólida base sobre a qual possamos construir e improvisar.3

Leituras e Outras Referências:

Books:

A Voice in the Forest de Jimahl di Fiosa
What Witches Do de Stewart Farrar
The Alex Sanders Lectures de Alex Sanders
King of the Witches de June Johns
Maxine The Witch Queen de Maxine Sanders
Principles of Wicca de Vivianne Crowley
Keepers of the Flame de Morganna Davies and Aradia Lynch

Páginas da Web:

The Alexandrian Wiccans Webring (link quebrada)
Tracing the Blood: International BTW Contacts (link quebrada)
Maxine Sanders Homepage
The New Wiccan Church InternationalTraditional Wicca Does Not Cost Money

E-Lists:

Amber and Jet: BTW Seekers List

Caveat: Como até agora todos os Anciãos de terceiro grau são autónomos na nossa tradição, nenhum de nós poderá falar por todos.
Como Iniciados e Anciãos da Tradição Alexandrina, os pensamentos seguintes são apenas a opinião que temos no que respeita à Tradição Alexandrina da Wicca, a qual amamos e acarinhamos.4
Este artigo foi escrito, editado, compilado, e aprovado pelos seguintes Sumo Sacerdotes e Sumo Sacerdotisas e Anciãos da Tradição Alexandrina:
Julia Phillips,
EnglandPandora,GermanyAconite & Ambriel, Qld, AustraliaAriana & Robin, AustraliaJuniper & Gwiddon Vedmi, Ontario, CanadaRadella, BC, CanadaMorganna, RI. U.S.Indigo, RI. U.S.Anastasia, RI, U.S.Haniel, Central CA, U.S.M. Veritas, TX, U.S.Storm, CT, U.S.Auriana & Corbin, CT, U.S.Scypres, FL, U.S.Icarus, NJ, U.S.Morgaine, TN, U.S.Pat Baker, MA, U.S.Jimahl di Fiosa, MA. U.S.Sulis, MA, U.S.Talia, MA, U.S.Herne, New Orleans, U.S.Brigit & Orion, MD, U.S.Cian Kerrisk, New Zealand

Notas de Roda-Pé: 1,2,3 e 4 Parafraseadas, com a autorização, do ensaio “Central Valley Wicca: The Kingstone Tradition” de Kalisha Zahr.
[1] skyclad - literalmente “vestido de céu” querendo dizer, nu.
[2] Iniciação cruzada em género - Iniciação que é tomada em cruzamento de géneros feminino e masculino - os homens são iniciados por mulheres e as mulheres por homens.
[3] Coven Mãe - O Coven de origem; o Coven do qual descendem.
[4] Indivíduo válido - individuo que reúne as qualidades necessárias para tomar o grau de dedicante ou neófito.
[5] ‘prima inter paris’ - literalmente ‘a primeira entre iguais’.
[6] Os livros a que se refere o autor deste artigo incluem documentos na Internet sob o título de “Livro das Sombras Alexandrino” ou “Alexandrian Book of Shadow” os quais nada têm a ver com o verdadeiro manuscrito passado de Iniciador para Iniciado. Exemplo disto é a compilação existente no site de Janet Farrar e Gavin Bone.
[7] O individuo tem de manter este estatuto mesmo depois de ter sido iniciado. Aqueles que o não forem capazes de o manter, serão convidados a sair do Coven.

NOTA : A tradução deste documento foi feita por Karagan com a expressa autorização dos Anciãos da Wicca de Tradição Alexandrina.
Todos os Direitos Reservados a Karagan e a todos os que assinaram este documento.

"Autorizada a publicação no http://www.fairyliadan.blogspot.com/ por Karagan"

1 comentário:

Armorel disse...

Olá! Achei o blog por acaso. E por coinscidência. Me chamo Armorel, e pelo que sei é um nome celta sobre o qual gostaria de saber mais. Também sou sagitariana e colocarei o blog na minha lista de favoritos para ler mais a respeito do universo celta que tanto me interessa. obrigada!