sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Iniciação - Outrora e Agora

Não Há Iniciações Democráticas

Actualmente não existem critérios esotéricos para se ser iniciado em muitas fraternidades ditas iniciáticas.
Os requisitos que René Guénon definira para classificar uma fraternidade como detentora de autênticos processos iniciáticos,
(1) a necessidade de uma genuína qualificação interna dos seus membros,
(2) a necessidade de uma transmissão espiritual,
(3) e a necessidade de actualização activa subsequente pelo esforço individual, desapareceram num ruidoso modus vivendi atulhado de usos e costumes profanos, com um simbolismo que já não compreendem.
Tomo, muitas vezes, como exemplo disso a Maçonaria.
Não por qualquer animosidade para com esta fraternidade onde tenho amigos e amigas, mas pelo facto de que desde o sec. XVIII ela ter sido o modelo de sistema pretensamente iniciático que influenciou quase todas as tentativas de reconstrução dos Antigos Mistérios, desde a OTO, a Golden Dawn e o próprio Wicca, este último tendo sido influenciado por uma Obediência conhecida por Co-Maçonaria, então dirigida pela filha de Annie Besant e com ilustres esoteristas como C. W.Leadbeater.
Tive a sorte de nos meus 20 anos de idade conhecer membros da Co-Maçonaria Inglesa, numa altura em que se tentava impor o seu modelo francês aqui em Portugal, a Maçonaria Mista O Direito Humano criada no século XIX por Marie Desraimes e Georges Martin - veja se quiser o artigo na HERNE sobre essa obediência maçónica (A Maçonaria Mista: Uma Perspectiva Ignorada).
Esses ingleses impressionaram-me !
Impressionaram-me como seres humanos, pela sua radiação aúrica e pela sua sabedoria, não se revendo na vulgaridade humana que vim a conhecer nos intelectuais do GOL ou na mentalidade "dona-de-casa" de Obediências como o Direito Humano.
Na realidade, eles eram praticantes de Teurgia e tinham tentado restabelecer as origens teúrgicas dos rituais maçónicos.
Outra questão típica da decadência esotérica nas fraternidades iniciáticas é o facto de se aceitar pessoas para iniciação com menos de 21 anos.
No passado era obrigatoriedade na Maçonaria ter mais de 31-33 anos de idade para se ser iniciado, mas hoje podem ser “iniciados “ adolescentes com 18 anos, muitas vezes sem qualquer maturidade anímica.
Isso é um puro desconhecimento dos princípios esotéricos que existem por detrás da Iniciação.
É este sentido democrático que prova o distanciamento e o desconhecimento dos princípios esotéricos que estão por detrás dos métodos iniciáticos.
Só tendo completado os 3 Septenários (7-14-21 anos) se pode oferecer determinados tipos de iniciação, simplesmente porque só nessa altura os seus 3 corpos (físico, etérico e astral) estão totalmente desenvolvidos, isto é, o individuo se tornou um ser autónomo e realizado sob o ponto de vista corpóreo.
Este requisito deve-se ao facto da Iniciação não ser um mero rito de passagem que celebra solenemente a entrada numa fraternidade, como as praxes nas universidades e nos clubes, mas um Influxo Espiritual que é polarizado em rito pelo/a Mestre/a de Iniciação, vindo dos domínios transcendentes do mundo suprasensível, e exercendo o seu efeito sobretudo ao nível dos seus corpos subtis.
Estando os corpos subtis ainda não completados na sua formação não é possível receber a Luz, receber essa indução gnóstica, sendo diluído em meras experiências organísmicas e imaginativas. A antiga Maçonaria exigia mais do que isso: ter mais de 28 anos.
O seu carácter especulativo exigia que se tivesse desenvolvido e alcançado a plena maturidade do seu corpo mental, que segundo a tradição esotérica é alcançado plenamente entre os 21 e os 28 anos, para poder usufruir dum elemento essencial: a intuição intelectual!
Mas, também isso não tem hoje importância, na minha opinião, tendo em conta que essas fraternidades não são muito diferentes das irmandades como a Confraria dos Joaquins ou a Confraria do Pão-de-Ló.
Já não são Fraternidades de Iniciação e a Luz que transferem nada mais é do que o clarão artificial da luz eléctrica, ou no melhor dos casos das velas, aos olhos desvendados do Aprendiz. Desde a Antiguidade que se aceita como critério fundamental no esoterismo que nem toda as pessoas têm as disposições de alma e de personalidade para serem iniciadas, embora nos Mistérios de Elêusis toda a gente pudesse ser iniciada, desde que soubesse fluentemente o grego, o pudesse pronunciar com clareza, e não tivesse praticado nenhum crime, pois a morte de alguém, mesmo involuntária, era uma impureza à Luz dos Mistérios e um crime à luz do Direito. O Imperador Constantino que matou a sua mulher a pontapé quando estava grávida, envenenou os sobrinhos e assassinou a sangue frio o irmão, tentou em vão ser iniciado em Elêusis e foi rejeitado.
Mas os bispos cristãos prometeram-lhe perdoar os seus pecados mais horrendos e alcançar o Reino de Deus depois de morrer... desde que transformasse o Cristianismo na religião oficial de Estado e abolisse a tolerância religiosa.
O resultado é o que se vê: crimes sobre crimes ao longo da história cristã, ao modelo do seu generoso Imperador, numa patológica odisseia serial-killer que torna o Cristianismo a mais repugnante religião que conheço.
Deixaram, por isso, um generoso contributo ás técnicas de tortura que os estados totalitários ainda hoje usam com proveito.
Os Mistérios de Elêusis afastavam, assim, da sua Iniciação os estrangeiros, os surdos e mudos, os gagos e os criminosos.
Nas Iniciações Nórdicas, que no esoterismo é entendido não abranger apenas as regiões germânicas e escandinavas mas também as regiões do Sul da Rússia e parte da Pérsia, antes de se entrar em iniciação tinha que se fazer várias provas físicas para demonstrar ter a astúcia e a coragem para confrontar-se com os terrores da Iniciação.
É este suplemento de coragem acima do nosso eu educado, prático e utilitário, que era necessário ser provado para se desenvolver o contacto com o mundo invisível.
Ainda hoje se diz na Tradição que as quatro forças do tetramorfo são: saber, querer, ousar e calar-se.
O ousar ainda lá está!
Quem visite o santuário de Paderborn e Detemold na Alemanha notará no cimo das suas falésias a 45 metros de altitude uns pontos de fixação ao qual se amarrava uma longa corda e aos quais os candidatos à iniciação tinham de se suspender e provar a sua coragem, atravessando o abismo entre elas, para assim poder ser recebido em Iniciação.
Mas, no Antigo Egipto a iniciação era reservada apenas à casta sacerdotal e à família do faraó.
A iniciação foi sempre reservada para algumas pessoas e nunca foi aberta a toda agente.
Porque se considerava ser necessário ter os elementos suprasensíveis que indiciassem uma verdadeira vocação. Por exemplo, nas Antigas Constituições da Antiga e Honorável Sociedade dos Maçons Livre e Aceites, de 1722, que apareceram em Londres como reacção da linha stuartista e católica da Maçonaria face à linha orangista e protestante que criou a Grande Loja de Londres em 1717, um ano antes também da tendência mais tolerante das Constituições de Anderson, exigia-se a crença na existência de Deus e respeitar a Santa Igreja... assim como não ter defeitos físicos.
Era uma tradição que vinha das Confrarias Oficinais da Idade Média que detinham rituais de passagem nos diferentes graus de proficiência da sua Arte, para os quais os defeitos físicos eram impróprios para o seu exercício.
Mas existia também uma dimensão esotérica para isso!
Um coxo não podia ser iniciado porque se considerava que a saúde e a perfeição do corpo era um signo da saúde e perfeição da alma (alma entendida aqui não só como principio sobrenatural da personalidade mas do conjunto das suas forças psico-vitais e seus domínios subtis ->> vem do latim “anima”, o que anima, o que nos confere também animalidade).
Muitas escolas de Iniciação não aceitam aleijados, idiotas, menores, pela razão de que é necessário que os corpos suprasensíveis estejam na disposição adequada para receber o influxo da iniciação, a indução.
Pela lei das correspondências uma pessoas mal formada de nascença não podia ser iniciada, nem que tivesse só o defeito de ter três dedos em vez de cinco, pela simples razão que essa má conformação do corpo era o efeito de uma defeituosa conformação da alma, isto é, da estrutura dos seus corpos subtis.
O facto de isso não ser uma reminiscência das origens oficinais da Maçonaria é o facto de essa incapacidade só ser aplicada quando tiver sido de nascença e não por acidente posterior.
O impulso de iniciação é como um vírus que transmuta o ser humano.
Esse impulso não existe no seu humano em potência, ou se existe só pode ser activado de fora. Houve uma época em que era possível fazer a sua iniciação, não por si próprio mas por intermédio de determinados espíritos e divindades.
Tratava-se de uma época em que o homem detinha ainda aquilo que a maior parte das pessoas perderam hoje: a clarividência atávica.
O sistema de Plotino em que se sobe ao longo das esferas planetares obrigando os Arcontes a ceder o seu conhecimento e sabedoria e conferindo a Iniciação, que muitas vezes é atribuída hoje solenemente e em teatro barroco nas organizações de inspiração maçónica ou, então, por mera atribuição administrativa, só era possível porque ainda se retinha uma fracção dessa clarividência racial.
Os rituais eram indutores dessa clarividência atavística.
Eles funcionavam pelo sistema de alavancas: multiplicando as forças da sua clarividência.
Os Grimórios como o Goetia, o Heptameron, O Livro da Sagrada Magia de Abra-Melin o Mago e o Grande Grimorio, baseavam-se no mesmo tipo de sistema: só funcionam em quem tem a clarividência instintiva, o “dom” como lhe chamavam as bruxas.
Quem não o tem pode bradar aos sete céus e aos infernos qlifoticos porque ninguém o escuta, a não ser o seu delírio e imaginação.
Foi desta possibilidade natural – que já se perdeu como elemento vivo da nossa estrutura cognitiva, ressalvando alguns casos especiais – que surgiu a idiotice da auto-iniciação no século XX.
Em parte isso tem a ver com completa redução do saber esotérico a um saber especulativo, racional, linear, que a Maçonaria Especulativa e Iluminista desenvolveu a partir do século XVIII no tempo da Ilustração.
Mas uma tradição iniciática, ao contrário do especulativismo filosófico, define-se por usar tudo aquilo que não é racional como elemento do seu caminho de transformação: o corpo, os desejos, as pulsões, a imaginação, a clarividência, a emoção, a intuição.
Tudo o que está abaixo do campo de percepção da cognição racional é usado como elemento de transformação no esoterismo.
Por isso usam-se símbolos, rituais, movimentos, etc.
Não há nada de mais cómico e falso do que se passar por esoterista a discorrer racionalmente com argumentos dialécticos sobre o simbolismo esotérico como se faz entre maçons.
É a prova cabal de uma completa ausência do sentido iniciático e prova cabal que já se fossilizaram em igreja liberal, clube de chá ou tertúlia de avental.
Há uma outra razão: o abusado erro de que é possível a auto-iniciação.
Isso deve-se à tradução da palavra “self-initiation” que, embora possa ser traduzida por auto-iniciação, corre o risco de rasurar o facto de que ela tem em inglês um conteúdo mais amplo e profundo: o facto da iniciação (Initiation) ser desencadeada pelo Ser (Self).
Ser iniciado pelo Self, pelo Ser ou Espírito Superior, implica uma tão grande modificação da estrutura cognitiva humana que só está reservada a alguns privilegiados.
Gostaria de lembrar contudo que Israel Regardie polemicamente defendeu em 1980 quando publicou o seu livro “Ceremonial Magic” que os quatro graus elementares da Golden Dawn podiam ser feitos pelo esforço de estudo, meditação e ritual, sem necessidade de Iniciação Corporativa, pelo simples facto de que o mundo elemental já faz parte da estrutura psicossomática e cognitiva humana.
Nos graus mais elevados de iniciação também se deve referir que a Iniciação é feita pelo Santo Anjo Guardião, ou Daimon, ou o Génio Interior, mas cabe dizer que é necessário ter passado por uma longa estrutura de trabalho e modificação da sua estrutura cognitiva antes dessa consecução e que só uma ordem mágica e iniciática consciente dos valores e técnicas da Gnose, hoje muito raras, podem fazer.

Autor:Setherion
Fonte: www.projectokarnaya.com

Livro Talismã

AZOETIA, UM LIVRO TALISMÃ DO CULTUS SABATI

O “Azoetia, A Grimoire of the Sabbatic Craft”, de Andrew Chumbley, será provavelmente o livro que ficará na historia da Magia do século XX, ao lado de alguns e raros outros livros como o "Magick" e o "Al Vel Legis" de Aleister Crowley.
Para quem nunca teve este livro na mão é necessário esclarecer que defini-lo apenas como um livro, pura e simplesmente, é corrermos o risco de enganar-nos e atraiçoar o seu autor e confundir o interlocutor que nos lê e escuta.
Dessa forma menor não se compreenderá nem alcançará o que ele significa no contexto esotérico e estético-literário se continuarmos a afirmar que estamos diante de um mero livro, por muito audacioso e genial que ele seja.
Nós estamos diante do que se chamam os "livres-objects" e que foi uma das grandes paixões dos esoteristas ingleses, sobretudo depois de Willian Morris.
Porém, eu chamaria antes a estes livros: “livres-talismans”.
Em primeiro lugar é necessário saber que A. Chumbley se encontra numa corrente de esoteristas-artistas que vem de Willian Blake epassa, mais tarde, por Willian Morris e A. Osman Spare.
Mas, a sua origem é mais remota: nos papiros mágicos egípcios e caldaicos que ele havia estudado e examinado, e que tanto gostava de meditar e tantas vezes o inspirou.
Antes de falecer ele tinha uma palestra marcada, se bem me lembro, no Museu de Bruxaria de Boscatle, na Cornualha, Inglaterra, precisamente sobre as raízes caldaicas da bruxaria.
Todas essas influências têm uma característica comum: a importância que a imagem tem, sobrepondo-se por vezes sobre o texto, e criando uma dupla leitura e uma ambiguidade estética que Empson nos seus “Seven Types of Ambiguity” considerava ser a raiz da Poesia.
Pois é preciso dizer ao leitor que ainda não teve a sorte do Numen o conduzir a um destes talismãs-livros e de ler-ver-amar este texto, que Chumbley raramente escreve em prosa a não ser para comentários.
Ele escreve sempre em poesia, seja verso livre ou verso rimado, com um estilo que nos lembra por vezes Ezra Pound.
Todos esses elementos estético-esotéricos, pois desde a pré-história o factor estético esteve sempre aliado à magia e aos mistérios- religiosos, deixaram um lastro profundo na sua obra e na sua maneira de pensar.
Ela está bem clara no carácter densamente intelectual e poético do seu trabalho.
Assim, o Azoetia não é um livro.
Pelo menos não é um livro comum, não só no conteúdo como na forma!
Nem o seu autor queria que assim fosse.
Tanto não é um livro comum que ele nunca quis nem permitiu que fosse traduzido, pois a língua inglesa era a chave da sua obra, de um inglês tão erudito e rico de arcaísmos que é por vezes intraduzível noutra língua.
Nesse aspecto não há dúvida que Chumbley bebeu no espírito estético de Crowley, no seu hermetismo literário e na sua preocupação dandy com a forma do livro como uma sepultura de tesouros mágicos ao bom estilo do mito da sepultura de Christian Rosenkreutz.
Todos os livros de Crowley são cuidadosamente impressos como fossem um talismã e nascidos como uma criatura.
Dizem os textos rituais por ele usados: «Criatura dos Talismãs, tu que há longo tempo habitaste nas trevas, deixa as trevas e vem para a Luz».
Nascer um livro é nascer uma criatura, trazê-la para a Luz.
Por isso se compreende a importância que têm os sigilos, signos, sinais mágicos, sobretudo da segunda edição do Azoetia, que é a mais elaborada sob o ponto de vista estético.
Chumbley não só escreveu este livro como também o desenhou.
Mas também organizou e alterou muitas vezes as suas provas tipográficas, num estilo de escritor-artista que vem já de Thomas Mann.
Lembre-se para compreender o elevado génio deste homem de coração tão nobre como de sabedoria tão pungente, que ele o escreveu-desenhou num período muito recente da sua juventude.
Ela é uma obra de juventude, no mesmo sentido que usamos hoje esta expressão entre diletantes e “connaisseurs de arte” para as obras de Giotto ou Francis Bacon.
O acto da escrita não tem nele o sentido prático-gramatical em que ele é usado na escrita de hoje.
É uma escrita propositadamente hermética, fechada e auto-suficiente, ao estilo dos textos funerários egípcios, do “Variations” de Mallarmé.
Ele foi muito escrupuloso como Cunning Crafter em matéria de arte hermética.
Não se trata de uma arte qualquer mas de um objecto-criatura nascida da Arte, trazida da essência primordial do Azoth, no sentido de Craft e Cunning, que os feiticeiros do Essex bem conhecem, isto é, no sentido que Loki tem nos mitos nórdicos ao arrancar e premiar com os seus talismãs de poder.
Ler as suas obras é, por isso, necessário desaprender a ler, a narrar, é preciso matar cainisticamente as suas referências.
Ler as suas obras é Ver.
Nada é deixado ao acaso neste livro desde o número das suas páginas, o número de edições, o número e natureza das imagens.
Tudo faz parte do Todo.
Tudo faz parte de uma Cifra.
Por isso, a raiz deste livro-arte é o alfabeto, os Aats que soletram o verbo primal ao longo do percurso desta serpente alfabética que se desenrola pelo feitiço da leitura, do canto, do hino e do êxtase, como uma espiral de ADN, o ADN dos nascidos do sanguebruxo e revelado a partir da essência imortal do Azoth.
Lembremos que Chumbley pensava em termos de produção literária como um artista, um pouco ao estilo de Lawrence Durrell, o autor do Quarteto de Alexandria, com múltiplos planos interceptados na mesma narrativa mas com a imponência textual encantatória de um Kavafis e de Marguerite Yourcenar.
Não estranha que as imagens que o acompanham sejam tão ou mais importantes que a letra do livro, numa tradição, de que ele era muito consciente, que vem de Austin Osman Spare e da corrente tardo-simbolista inglesa como a de Aubrey Beardsley.
Crowley também já havia seguido esse primado do livro como objecto-talismã, pelo esmero que colocou na composição visual do livro como “The Book of the Path of the Camaleon” usando cores flamejantes para atrair as forças etéricas ao livro e torná-lo um portador de Força Numinosa, pela inquietação da riqueza sigilar dos seus The Equinox.
Por outro lado, a tendência para obras de pequena produção e ricamente ornadas que a Xoanon persegue, a editora dos livros do Cultus, já está na filosofia da Dove Press, que em 1970, contra a politica comercial de alienação do livro de consumo, tipografa os “Hymn to Lucifer” de Crowley, apenas com 22 exemplares, cheio de desenhos sigilares, selos, e oito simbólicas ilustrações do desenhador russo Nicolas Kalmakoff.
Mas, claro que a origem está em Blake e no esforço de produção de obras de arte do Movimento Craft and Arts de Willian Morris, que muito influenciou a sensibilidade esotérica da Craft.
O título deste livro não é contudo Azoetia, mas Azoetia: A Grimoire of the Sabbatic Craft.
Isso é importante!
Um grimório é uma gramática, uma “grammar” como diziam os antigos medievalistas, que Sir Walter Scott chamava "gramarye".
Esta espressao tem a ver com a grama, a erva, a jardinagem.
Tem a ver com Qayin o primeiro agricultor, aquele que assassina com a letra-grama que segundo os mitos nasceram das árvores, ou a letra-sangue ( Blood-Letter), e desencadeia um processo errático na língua (a língua bifurcada de serpente que ele tanto celebra no seu Draconian Grimoire) e que tem a natureza duma busca infinda do Ser.
Embora o livro possa ser lido por qualquer pessoa corre-se o risco de estar a olhar sem ver e a ler sem compreender, por muito boas que sejam as intenções do discurso popular de catequese e doutrinação paroquial dizendo que ele é mesmo assim compreensível.
Decididamente ele não é.
Isso não significa que possa ser lido, percebido, embora não entendido.
Que possa ser macaqueado mas não imitado, no sentido da “imitatio” dos pitagóricos; ou da Die Imitatio Christi de Nietzsche; ou com Albertano de Brescia que canta: «imitatio reddit Artifices aptos».
Não é, por isso, a compreensão-percepção da Gnose, que faz saltar a cabeça dos ombros ao bom estilo do assassínio bíblico de Abel que os mitos, sem ser por acaso, dizem ter sido executado fracturando-lhe a cabeça.
Além disso, no livro não são mencionados muitos contextos que fazem parte do Adepto do Cultus e tornariam não só inteligível como operativas as chaves do seu sistema.
O Conhecimento que não nos faça saltar esta cabeça dos ombros não vale a pena ser buscado. Embora as palavras deste Talismã feito de Letras e Imagens possam ser macaqueadas, imitadas, soletradas, não significa que estejam a ser usadas com Arte e Engenho.
No fundo só estará a ser usado como passatempo lúdico, como verborreia, como ruído.
Porque o Livro está cheio de interstícios e limbos literários, esotéricos, gramaticais, imaginais, ao bom estilo dos textos gnósticos.
Ele é uma Cifra.
Ele é inacessível a quem não tenha bons conhecimentos de arte, geometria, matemática, literatura, religião, etc.
Mas, mesmo assim, esse acesso é apenas de fora, como quem vê uma catedral gótica e a lê pelo cannon da sua cultura artística.
Neste sentido ele pode ser lido mas não significa que possa ser com-preendido.
Mais: que possa ser integrado e apreendido, de forma que quem lê e aquilo que é lido se tornem um só: o Fogo, o momento de incandescência da Sabedoria.
Com o baixo nível de cultura esotérica e artística do mundo moderno será de certeza um livro para ficar no mundo enigmático das obras de arte ao lado de tantas outras obras geniais como o Ulisses de James Joyce.
Qualquer um pode ler também este fulminante Joyce.
Mas será capaz de o compreender, mesmo que saiba soletrar as suas palavras e seguir o carreiro tortuoso e depurado das suas frases?
Seguir o carreiro de tijolos amarelos da Alice nem sempre leva ao Feiticeiro de Oz.

Autor:Gilberto de Lascariz
Fonte: www.projectokarnaya.com

Tradição Nórdica - Helheim

Helheim, um Sonho de Inverno

Durante o Inverno a humidade da chuva tem um efeito entorpecente sobre os nossos sentidos e a nossa acção.
Porém, essa chuva é o sémen divino que nos fecunda e nos prepara para mais uma Primavera. Com o Inverno chega também o tempo das memórias, numa viagem de recuo no tempo até aos nossos Antepassados, que deverá ser interpretada como sendo o regresso ao ambiente quente e húmido das paredes do útero materno no momento da nossa gestação.

O Regresso ao Útero

Nesta fase em que o tempo e o espaço não existem, a nossa parte espiritual flutua pelo cosmos, sorvendo a sabedoria das estrelas, enriquecendo-nos com um excelente potencial de transformação.
Penso ser este o momento de nos voltarmos para esse interior, para fazer germinar mais uma semente em nós, percorrendo os portais da morte, no escuro do útero.
A lembrança dos entes queridos falecidos é o convite para rompermos a membrana da placenta que nos protege no líquido aminiótico, dotado com a força do rejuvenescimento.
Esta viagem reserva-nos alguns encontros, simbolizados pelo conteúdo dos sonhos.
Na Tradição do Norte o frio anuncia-nos o contacto com as Portas do mundo nebuloso e gelado de Nifilheim, situado no ponto mais a Norte do eixo cósmico.
A Deusa do submundo, Hel, é a nossa anfitriã num périplo inebriado pelos vapores venenosos deste reino, o fumo tóxico dos pântanos que nos abre a porta a alucinações e ao terror dos nossos pesadelos, medos e fobias.
De acordo com os estudos de Regis Boyer, Hel terá sido uma das mais antigas Deusas da tradição mágico-religiosa dos povos da Europa Central e do Norte. O estudioso francês refere-se a uma reminiscência dos cultos aos mortos, que marcou a Idade da Pedra e do Bronze, a partir dos movimentos migratórios vindos das Estepes, a partir dos quais resultou a designação dos povos Indo-europeus.
Hel é a filha de Loki, um Deus do Caos (gerado por uma gigante do mundo do Fogo/Muspelheim), que habita as regiões sombrias do submundo, no mundo dos mortos, numa espécie de contraste ao Valhala, para onde só iam os guerreiros mortos em combate.

Hel: Vida e Morte

Esta perspectiva da morte decorre de uma mudança dos conceitos religiosos já em plena Idade do Ferro, em que as Divindades de natureza ctónica (como Hel) são suplantadas por divindades solares.
O carácter uraniano de Odin e Baldur constitui um marco dessa mudança nas culturas religiosas destes povos, que desde sempre consideraram o Sol como uma entidade vida e doadora de vida. Era o Fogo da Vida.
Tanto assim que Frey, um deus Vane e anterior a Odin, personificava os raios solares, sendo representado com um enorme falo (gládio) que penetra e fertiliza a terra de modo a fazer germinar a semente, entretanto fecundada pela chuva (outra das qualidades de Frey).
Refira-se que as nuvens eram um dos habitates dos Vanir, A Deusa Hel é vista com um corpo dual: a parte inferior é brilhante e os membros superiores são pálidos.
Inclusive metade do seu rosto é de um branco pálido e o outro é negro.
Ela é Vida e Morte ao mesmo tempo.
Ela anuncia com o seu rosto pálido e disforme a morte do ego e revela-nos com os seus membros inferiores, brilhantes como a luz das estrelas, o nosso potencial de transformação: a Vida.
Nos cultos a esta Deusa arcaica, os mortos eram enterrados e não incinerados como se vê já na cultura Viking.
Os corpos regressavam à terra, origem de toda a existência, como garante do eterno ciclo da vida: nascimento/vida/morte e renascimento.
Helheim é o nosso inconsciente, a parte do nosso psiquismo imerso no material recalcado das nossas emoções.
A viagem a este reino implica a morte dos disfarces da nossa persona e o reencontro com a nossa Individualidade.
É um mundo de brumas, onde nos deparamos com as ilusões que testam a nossa sanidade mental.
Loki assedia-nos e Hel entorpece-nos, lançando-nos num carrossel de insanidade.
O caminho até a esta Deusa consome os espíritos Nove Noites de viagem, de expiação pela nossa existência.
Neste reino, olhamos para um espelho que nos deforma a imagem.
O encontro com demónios precipita-nos para o abismo do que fomos e do que pretendemos largar.
Na fonte de Urdar, vigiada pela Nornir Urd, paramos três noites de angústia e visões do nosso passado.
Só depois destes confrontos seguiremos a caminhada de encontro com a enorme águia Ari, que assusta os mortos, e ao cão-lobo Garm, o mais vil dos cães de perseguição.

A tentação de Loki

Mas o Inverno traz também o fogo das lareiras, que durante a viagem de confronto com a nossa morte, surge na forma serpenteante de Loki.
O crepitar do fogo gera-nos ilusões, vislumbres de algo indefinível que acentua o desejo de conhecer, de sentir, de Ser.
Este fogo absorve-nos e devora os incautos, os que assumiram a presunção de estar preparados para o processo iniciático.
Com a aproximação da Primavera, começamos a tomar a posição típica de um bebé perto da hora do nascimento.
Damos a volta para que a cabeça se posicione para perto do canal vaginal, vislumbrando um ponto luminoso que nos promete um novo mundo e uma nova personalidade.
O que está oculto desvenda-se ao nosso olhar, na Runa Peorth, e aponta-nos o nosso poder pessoal, como em Escorpião.

Que a viagem na noite nos conduza à Luz da nossa Verdadeira Vontade.

Autor:Valquíria Valhalladur

Tradição Nórdica - Sacrifício de Odin

Morte e Iniciação no Sacrifício de Odin

ODIN

O enforcamento de Odin no Grande Freixo está carregada de forte simbolismo sobre a Iniciação pela vivência de uma morte aparente.
Este episódio é um culminar de um processo de mudança profunda de consciência.
Odin sabia que a sabedoria conduz o Homem até à sua divindade retida algures nos cristais do tempos, em que se cortou a relação do corpo como veículo de transformação.
A memória é por excelência um reservatório inesgotável e Odin tinha a noção disso quando salvou a cabeça de Mimir, ceifada pelos Vanir, num acto de raiva, colocando-a junto de uma nas três nascentes contíguas às três raízes da Árvore Cósmica, em contactam três Mundos capitais na cosmogonia dos povos germanos.

Mimir, a memória ancestral

Para se entender a importância deste filho dos gigantes e tio de Odin, impõe-se uma explicação sobre o seu nome: Mimir deriva de Minni, que significa memória e se estiverem atentos verificam que um dos corvos de Odin chama-se Munin, o mesmo será dizer, memória...
Ora posto isto, o Ase para atingir um elevado grau de consciência, transcendo os limites da razão, ele teria de recuar no tempo, até ao grande armazém da memória ancestral.
A faculdade de viajar sem o constrangimento do tempo e dos espaço seria obtida pela a água que brotava da fonte de Mimir.
Este precioso líquido, sinónimo de vida, refrescava a raiz de acesso a Jotunheim, o Mundo dos Gigantes, os seres primevos e, por isso, guardiões da sabedoria antiga.
Os gigantes constituem uma referência viva dos tempos idos na formação do Mundo, a partir do sacrifício de Ymir, o primeiro Gigante.
O facto de ter de ceder o olho esquerdo a Mimir, Odin abriu uma brecha no mundo dos sonhos, da imaginação e intuição, ao ficar retido debaixo da terra, junto da raiz do Freixo.
Numa perspectiva científica, percebe-se que estes povos intuíram a relação do olho esquerdo com a actividade dohemisfério direito do cérebro.
Todos os dias, após o pôr-do-sol, o olho diurno/direito de Odin- o Sol da consciência - encontra-se com o outro na escuridão e, em perfeito equilíbrio, iniciam uma jornada pelo mundo do sonho. Odin fica mais completo e mais capaz de conhecer as dimensões do espírito.
Ao beber a água (para alguns o hidromel), enriquecida pelas informações de todo o conhecimento proveniente dos tempos dos gigantes, Odin recorreu a uma espécie de estimulante, um catalisador no processo de revelação mística das runas.
Porque estes seres enormes, caracterizados pela força bruta da natureza - que eles próprios dão forma na diversidade de condições atmosféricas – encerram a sabedoria da magia

A Arvore e o Enforcamento Iniciático

Sendo a Árvore um símbolo de proximidade aos Deuses, por ser elevada e por isso mais junto ao céu, foi o veículo da grande viagem xamânica de Odin, de encontro com a morte do ego, tornando-se no mergulho na sua Iniciação nos mistérios do Norte.
Pendurou-se pelos pés, como o enforcado no Tarot, e com a cabeça para baixo para ficar receptivo às forças ctónicas de grande capacidade transformadora.
O sangue fluiu com intensidade para o cérebro que em conjunto com a privação sensorial -sem comer, beber e dormir – e desencadeou a libertação do espírito do corpo, o que se consegue somente durante o nosso sono sem participação activa na viagem pelo astral.
O sistema nervoso deixa de actuar na medida em que Odin supera a dor do ferimento que causou a si próprio.
Durante nove noites ele foi atacado por animais que lhe causaram o desmembramento, vivendo assim uma experiência xamânica de Iniciação.
A presença dos corvos e dos lobos em torno de Odin atesta que ele também era um Xamã, que conhece a linguagem dos animais e se transforma neles nas jornadas pelo mundo dos espíritos.

A Morte e o Futhark

Odin teve de estar próximo da sua morte para vislumbrar os sigilos mágicos num grito que não é mais a manifestação do Verbo.
Com Odin, a linguagem marca uma viragem na consciência e na comunicação do ser humano.
O Ase revela a força da palavra no encantamento: os poemas do Havamal, as 18 canções de poder que em cada estrófe descobrimos a fileira de runas do FUTHARK.
O episódio em torno do destino de Balder constituiu outro dos aspectos da Iniciação através da morte.
O belo filho de Odin e Frigga é assassinado no cumprimento da disposição das Nornas, mas o seu desaparecimento não é em definitivo e muito menos se perde pelas sombras do reino de Hel. Balder representava o anúncio do cumprimento do destino dos próprios Deuses de Asgard: o Ragnarok, a morte dos Deuses governados por Odin.
Balder reergue-se dos confins da terra, marcando uma mudança de nível espiritual.
A morte é apenas uma ligeira interrupção numa eterna caminhada de regresso à vida.

Autor:Valquíria Valhalladur

Tradição Nórdica - Gelo do Norte

Descobrir Quem Somos no Gelo do Norte

No Outono, com o prenúncio do Inverno e do seu processo de cristalização, celebra-se o significado mais profundo das três primeiras runas do segundo Aett do FUTHRAK.
É aqui que experimentamos a força do caos, num teste à resistência dos alicerces implantados no Aett inicial.
No conjunto de 24 runas, Hagalaz é a nona na sequência, o número perfeito por encerrar em si todos os nove mundos, como se fosse a matriz de toda a existência.
Quando chegados aqui entramos imediatamente num sono profundo em busca de pistas que nos ajudem a explicar alguns dos acontecimentos que marcaram e condicionaram o percurso ao longo do primeiro Aett, governado pelas forças telúricas de Frey e Freyja.
O Futhark, como é conhecido este conjunto de símbolos, é divido em três famílias de oito runas (Aett) que constituem etapas de evolução.
Relembrar o passado com UrdConcluída a caminhada pelo primeiro Aett - que, em meu entender, incide num trabalho de desenvolvimento de áreas sensíveis em nós, sobretudo os campos de energias subtis que nos possibilitam a expansão para dimensões além do corpo-, somos confrontados com o mais arrepiante desafio da nossa vida: o contacto com o Orlog/Karma. Em Hagalaz ficamos presos, limitados nos cristais de neve, em desafios constantes com a Norna Urd (cujo prefixo Ur significa o mais antigo) que nos expõe perante as acções passadas e as suas consequências.
É nos oferecida a oportunidade de recuarmos no tempo e assim operarmos as mudanças que façam girar a roda do destino (Runa Jera).
A cada ano que passa estaremos sempre em contacto com o passado até que eliminemos os padrões repetitivos que nos impede viver em pleno a nossa verdadeira vontade (Vili, a segunda hipóstase de Odin).
A Norna Verdandi encarrega-se de nos oferecer o presente ou o “aqui e agora” nos moldes em que insistimos viver, até que a Norna Skuld nos cobrará a factura das opções tomadas.
Esta norna não anuncia o futuro, mas sim um rol extenso de tudo o que fomos fazendo e deixando para trás, o mesmo será dizer que estamos constantemente a voltar a Urd.
Controlar o Fogo em Nied, As estações do Outono e do Inverno constituem essa oportunidade de alterarmos o rumo dos acontecimentos, reflectirmos sobre o que somos no “agora” preparando o que queremos para o “amanhã”.
A Runa Nied (Necessidade) provoca-nos a sensação dessa necessidade de parar o tempo para contermos a energia ígnea, de poder transformador.
Constrangidos pelo rigor do Tempo, vamos criando um reservatório de Fogo, elemento activo, de expansão, e, ao mesmo tempo, vamos aprendendo o valor da persistência ao mantermo-nos imóveis até podermos explodir como a semente, aos primeiros raios de sol na Primavera.
A avaliação consciente do que vemos e sentimos em Hagalaz e em Nied conduz-nos a uma “morte” aparente em Isa (Gelo/ Paralisia), uma runa que nos causa constrangimento por impedir o avanço até ao momento da colheita em Jera, a 12ª runa (tem a forma da Roda do Destino).
Aqui recebemos na justa medida do nosso esforço anterior e em Eihwaz (13ª Runa) entramos no mundo nocturno em busca do equilíbrio; subimos e descemos o eixo em que flui as energias do Mundo Superior e do Mundo Inferior.
O desafio leva-nos à destruição do que é velho para dar espaço à criação de uma nova faceta na nossa personalidade.
Por isso, entramos numa espécie de carrossel entre duas forças aparentemente antagónicas, mas necessárias ao processo de evolução que nascerá em Perdhro (14 Runa, das coisas ocultas).
A forma desta runa sugere-nos as pernas abertas de uma mulher durante o parto: a criança está prestes a sair da escuridão do Inverno em direcção à luz, à revelação de uma outra persona, uma oportunidade que nos for oferecida no alvoroço confuso na imersão num espaço frio e estanque. Na descoberta de talentos ocultos; no encontro coma nossa essência.
Renascemos mais fortes para tomarmos as rédeas do nosso destino em Elhaz.
Nesta runa encontramos o poder protector dos Deuses, representa simbolicamente o poder do Homem na batalha para atingir o divino, contando com a ajuda extraordinária da vontade.
A caminhada prossegue em diante, mas compete agora a cada um desfiar o novelo de fios de um tecido ainda sem forma.
O Destino aguarda pelo nosso sentido de descoberta.

Autor:Valquíria Valhalladur

Tradição Nórdica - Mundo Encantado dos Elfos




A Redescoberta do Mundo Encantado dos Elfos


Apesar de serem ténues as referências que permitem estabelecer uma comparação clara entre Devas e Elfos na tradição germano-nórdica, existem, porém, traços que nos conduzem ao cruzamento entres este seres.

Isto porque se considerarmos que os Devas são um tipo de Anjos que organizam a actividade dos elementais, orientando-os nos processos criativos e depurativos ao longo do ano, sendo por vezes representados no imaginário cultural com uma vara na mão, talvez exista algum ponto de convergência, já que os Elfos são seres elementais.

O Mundo de Utgandr

Curiosamente, existe uma dimensão de realidade paralela à de Midgard (Terra) designada por Utgandr, o reino de elementais no nível mais puro da sua natureza e, por isso, dotada de um enorme potencial para trabalhos mágicos.


"Gandr" significa na linguagem germânica vara/bastão que contém ou exprime um determinado poder mágico que é projectado/orientado para um certo objectivo, com ajuda de expressões verbais de idêntico poder.


"Ut" leva-nos para o que está para além.

Percebe-se, então, de certo para quem está mais familiarizado com questões da magia, a grande característica destes seres tão subtis quanto o vento.

É interessante sublinhar aqui uma das obras de Skakespeare, "Tempestade", cuja acção se desenvolve em torno de mago desterrado que numa ilha estabelece uma relação de domínio com um elemental que o usa com propósitos mágicos, com força suficiente para provocar uma valente tempestade.

Não deixa de ser curioso que expressão Shakespeare significa "Aquele que Agita a Lança" (shake+spear) tal como o inspirado Odin, com a sua lança Gaugnir ou na sua faceta de Girmnir (Mascarado) que ao longo da sua caminhada por entre os mortais, apoiado com no seu bastão, fixando uma cadência de ritmo nas escaldas.

Estes seres diversificados pertencem a "famílias" variadas, sendo encontrados também em dois dos Nove Mundos da cosmogonia nórdico-germânica, ou seja a Grande Árvore Yggdrasil.


Os Elfos Brilhantes

Alfheim está situado abaixo de Asgard (Mundo dos Deuses) e é o reino dos Elfos Brilhantes (Alf), morada de Frey e de Balder.

Este patamar um lugar de emanação de luz translúcida.

Estes pequenos seres luminosos habitam nos raios solares (Sól alvglans)e cantam doces canções de Verão, lembrando a alegria das crianças.

São tão brilhantes que não se consegue olhar para eles de frente.

Trata-se de um mundo de criaturas sobrenaturais vivendo na essência vital da natureza e tendo uma relação estreita com as fadas.

Devido à sua proximidade com Vanaheim, o reino dos Elfos também inspira à sexualidade e fertilidade.

Foram os obreiros das cintas de seda que prenderam o lobo Fenris.

A sua resistência deve-se às suas artes mágicas que engendraram uma fórmula composta por coisas secretas e impalpáveis originárias da terra: das raízes de uma montanha, do barulho de um gato em movimento e da respiração de um peixe.


Os Elfos Negros

Depois temos SVARTALFAHEIM.

Aqui habitam os elfos-negros e os anões.
É o mundo subterrâneo que se localiza logo abaixo de Midgard, onde o minério era trabalhado e onde foram criados os tesouros dos Aesir.


Eles criam e dão a forma a todas as coisas metálicas oriundas do subsolo.

Os elfos-negros são exímios trabalhadores do ouro (simbologia com o Sol), e revelam a força telúrica de Frey (um Deus curiosamente relacionado com o culto dos mortos).

São seres da Natureza que vivem debaixo das rochas, nas montanhas e podem ser encontrados sobretudo junto das pedras circulares, geofania do Sol.

É neste plano que, também, vivem os anões, estes mais talhados para os trabalhos com os metais pesados.

Os elfos-negros lidavam somente com o ouro, um dos aspectos de Frey.

Aqui entra a relação dual Beleza-Fealdade, Luminoso-Escuro, Terreno-Celeste, Ctónico-Uraniano.

É um mundo simétrico a Alfheim e representa a energia telúrica de Frey, a sua força sexual reprodutiva.

Existem, nomeadamente, esculturas em Uppsala deste Deus com um enorme falo.

O Deus Frodi/Frey foi enterrado num pequeno monte (mamoa) para garantir três anos de boas colheitas.

Frey rege, portanto, este mundo subterrâneo da morte e da vida, o "Homo Humus" de que fala Regis Boyer.

Existem lendas germânicas de pedidos de boas colheitas a um Sol Subterrâneo, temendo um inverno rigoroso.


O Mundo dos Anões Ferreiros

Os anões vivem também debaixo das rochas e das montanhas.

Eles eram artesãos metalúrgicos, com predomínio no trabalho do ferro.

Os anões construíram o barco de Frey e criaram o javali com pêlos de ouro.

Mas os anões (os dwarvs) também tinham uma faceta destrutiva, como poderás encontrar na lenda de Kvasir.

Kvasir era considerado o homem mais sábio da terra porque nasceu da fervura das salivas dos Vanir e dos Aesir, num pacto de tréguas na guerra entre estas divindades.

Dois anões assassinaram Kvasir e do seu sangue fizeram o hidromel que ainda hoje bebemos nos Blots (rituais), e que Odin acabaria por roubar ao gigante Suttung.

Desta forma tentamos cerimonialmente participar da sabedoria de Kvasir e equilibrar a nossa dupla origem mágica vinda dos impulsos mistéricos dos Vanir e dos Aesir.

Enfim, outras das muitas histórias de um longo imaginário cultural dos povos de origem germana e que tanto nos tocam: a nós que trazemos o barro dos Suevos no nosso sangue.

Com esta explanação oferece-se algumas pistas úteis para uma reflexão sobre um mundo fantástico que nos ajuda a exercitar a imaginação.

Ao redescobrir a generosidade dos elementais estaremos também a reatar a nossa união com a natureza, a Grande Mãe que nos nutre e acolhe, oferecendo-nos a alegria de viver.

Como no “Sonho de uma Noite de Verão”, de Shakespeare, despertaremos com um novo significado para a nossa existência.



Autor:Valquiria Valhalladur

Tradição Nórdica - Mistério de Hagalaz

O Mistério de Hagalaz no Número Nove

O número nove na Tradição Nórdica encerra todos os mistérios da origem do mundo na perspectiva dos povos germanos e escandinavos, como se poderá perceber ao longo da caminhada pelos nove mundos da Yggdrasil.
Odin vagueou por entre os reinos que compõem a diversidade espiritual de uma tradição que sentiu e viveu o nove como o número Mãe ou a Matriz de toda a criação.
No Futhark descobrimos esta simbologia na Runa Hagalaz, a primeira do segundo dos três Aettir (família) de sigilos, no percurso que assinala o “regresso” ao nosso passado como entidade espiritual (Orlog/Karma), constituindo também uma excelente oportunidade para elaborarmos a biografia da actual existência.
No final da jornada, tomaremos contacto com o domínio das Nornas (Três Irmãs do Destino-wydr), assumindo parte da construção da nossa teia da vida.
Se pensarmos no símbolo desta runa (ver acima), conhecida noutras representações pela sua forma de floco de neve, tornar-se-á perceptível a complexidade do seu significado.
Terá sido este ideograma percebido pelo Deus da Sabedoria, Odin, ao cabo da longa viagem iniciática no Grande Freixo.
Estando dependurado de cabeça para baixo, o campo de visão restringe-se e acentua a irrigação sanguínea no cérebro, criando um efeito muito especial que a ciência explica como sendo formação de fosfenos.
Mergulho no Mundo dos Instintos ao deixar de entender a existência como reflexo somente do mundo uraniano, Odin pôde recuar até às suas origens mais longínquas da sua contraparte espiritual, reencontrando-se com a sua força animal ao sorver as energias ctónicas oriundas do submundo, ou seja do Reino de Hel, a Deusa que rege o mundo dos espíritos ancestrais, tanto assim que se situa no ponto norte do eixo cósmico – lugar das memórias arcaicas.
Em Helheim entramos na dimensão da magia das volvas (feiticeiras) e no domínio dos instintos, da paralisia e da inércia do inconsciente.
Hel tem o tronco pálido e os membros inferiores brilhantes: representação do poder da morte e da vida.
Este é o mundo dos mistérios escondidos e o doador de vida: o corpo é enterrado para poder devolver uma nova vida a quem falece.
É força regenerada da serpente, como simbologia do ciclo eterno do Nascimento/Vida/Morte/Renascimento.
Helheim é composto por vastos vales escuros que ladeiam o rio Gjoll e é guardado por Modgud (esposa de Heimdal, guardião da ponta do arco-íris e co-regente do segundo Aett) que só deixa passar quem revelar o nome e provar pelo sangue a sua descendência.
O caminho de Hel é percorrido em nove noites – é o lado escuro da própria Yggdrasill onde se efectiva a iniciação de Odin–, sendo marcado por diversos obstáculos, encerra os segredos da existência e é onde as runas estão ocultas.
Trata-se do espaço onde dorme o conhecimento da transformação.
O Nove representa, neste caso, o ponto inicial da gestação do processo evolutivo dos que estão dispostos a largar a matéria entorpecente e da consciência racional.
O Homem torna-se independente das forças externas e a demanda da divindade que habita no seu interior.
A runa Hagalaz sendo o depósito do material inerte do caos e da força do inconsciente ajuda-nos, a encontrar os processos formativos do pensamento ao mais alto nível.
Por isso, é a mãe que dá à luz um novo ser após o período de paralisia causado pelo gelo que nos obriga a recuar no tempo até à nossa cristalização, daí que represente o granizo - uma forma cristalizada de água que destrói pela violência da queda, mas em estado líquido regenera os solos para o cultivo.
Ele nutre como a Grande Vaca Cósmica, a Mãe de todas as formas de vida.
Nove Mundos, Nove ChavesOs nove mundos da Árvore do universo da Tradição nórdico-germana encerram uma história muito especial:Asaheim é a residência dos Aesir, o Grande Olho de Odin que observa os mundos e reina com as visões de Frigga sobre o futuro dos Homens; Alfheim alberga os elfos-brilhantes e estão próximos do Sol cósmico.
Frey reina aqui e podemos senti-lo em cada raio solar, ele tem o valor do ouro, um metal precioso e raro nos subsolos da Germânia.
Os Elfos luminosos contêm a alegria das crianças e encantam os dias de Verão.Midgard é onde todos nós estamos, o nível intermédio entre o Mundo Superior e o Inferior de Hel.
Svartalfaheim pertence aos elfos-negros que trabalham o ouro, o sol que brilha na escuridão do interior da Terra.
É aqui que pululam as forças telúricas que nos religam aos mundos insondáveis da nossa existência. Os anões vivem também aqui, mas trabalham o ferro, a dureza das emoções e controlam o subconsciente.
Em Jotunheim reinam os gigantes, os primeiros seres do período do caos, as forças indomáveis da natureza e terreno inóspito de montanhas rochosas e gélidas.
Vanaheim está no lado oposto a este mundo, a oeste, o lugar onde o sol morre e se vive o tempo em que o Homem dependia das "boas" relações com a natureza e com os mortos.Chegados ao final da jornada, percebemos que o número Nove, de acordo com a Tradição do Norte, potencia o processo dinâmico da evolução e nos oferece pistas para a perfeição, para o sentido do Todo.
Mas antes de qualquer avanço, ficamos presos no cristal de Hagalaz, numa hibernação necessária à prospecção do que realmente somos e para onde queremos ir.
As Nornas seguram as rédeas, mas somos nós que conduzimos o veículo da nossa vida.

Autor:Valquíria Valhalladur

Tradição Nórdica - Roda das Mudanças

A Roda das Mudanças Entre os Mundos de Yggdrasil

A viagem pelos oito caminhos da Roda do Ano dos Sabates, impele à nossa transformação!
Ela lembra a magnífica viagem iniciática de Odin, na Grande Árvore Yggdrasil.
Com a intenção de adquirir a sabedoria dos Deuses, Odin espetou a sua lança Gaugnir no corpo, de forma a criar uma situação dolorosa que testasse a sua capacidade de superação do sofrimento causado pelo ferimento.
A capacidade de se abstrair e superar tamanho sofrimento permitiu a Odin viajar por entre os oito mundos da Árvore Cósmica, sendo que o nono mundo, no meu entender, é o nosso próprio corpo, por se tratar da manifestação material da terra ou, como é conhecido entre os nórdicos, Midgard ou Mundo Médio.
Nós somos, portanto, o peão que acompanha o girar da Grande Roda da Fortuna.
Daí que Odin tivesse percebido o segredo que lhe revelaria os Mistérios dos Deuses ao expor o seu próprio corpo ao maior dos sacrifícios: o de doação voluntaria a si mesmo.
Ou seja, o despertar do lugar mais sagrado (Vé na língua do velho germano) que todos encerramos, mas ignoramos pelo simples facto de não intervirmos no movimento da Grande Roda das Mudanças.
Dependurado no Freixo Sagrado, Odin foi confrontado com a sua faceta escura, em reconhecimento da animalidade da sua existência, durante a cavalgada com Sleipnir, que não conhecia obstáculos nem no ar, nem em terra e nem na água.
O cavalo é um animal psicopompo que transportava os mortos no seu cortejo fúnebre até às portas do mundo dos espíritos. Sleipnir simboliza os ventos e na sua montada, Odin, sentia-se entre os reinos do espírito e da matéria, cavalgando ferozmente por entre os mundos (Yggr- o terrível Odin; drasil-o portador, o cavalo).
Com Sleipnir, o Aesir desperta a sua animalidade, latente em cada um de nós por nos fazer lembrar a força da raiva e o impulso da agressividade em momentos particulares que fazem movimentar a processo evolutivo.
De resto, emoções quando usadas de forma positiva vivificam a alma e revelam a verdadeira identidade de cada um.
Nove dias e nove noites de viagens entre as trevas e a luz.
Ao cabo de nove noites de viagens pelas sombras, Odin vislumbrou o poder da metamorfose.
O grande Ase resgatou a sua parte animal original entre Helheim, o Submundo/Instintos, e Niflheim, reino das brumas frias que intervém no acto de criação do Mundo.
Odin sorveu os fluídos que o tonaram num poderoso mago e num caminhante da noite, como o Caçador Selvagem, que ceifa a vida no período mais escuro do ano.
E vislumbrou as 24 Runas (caracteres mágicos conhecidos entre germanos e nórdicos como FUTHARK) através de um faiscar de fosfenos que pontilhavam o cenário escuro da sua condição de morte aparente.
Em Svartalfaheim conheceu a arte de trabalhar o ferro e as memórias contidas no subconsciente, forjando um novo corpo.
Regressando das trevas, o Deus dos Heróis entrou no carrossel pelos mundos superiores, durante nove dias: A água da fonte de Mimir transferiu-lhe os mistérios da sabedoria dos ancestrais, oriundos nas altas montanhas geladas de Jotunheim, residência dos seres primevos, os Gigantes, e sentiu o poder das energias telúricas, em Vanaheim, lugar da magia Seidr dos Vanes.
Em Muspelheim conquistou o Fogo Cósmico e em Alfheim apreciou a beleza espiritual do Sol, mas foi em Asgard que percebeu a sua divindade, tornando-se em Alfadir, o Pai dos Deuses.
A divisão do sistema rúnico FUTHARK em três partes revela-nos que o caminho gira no final de cada sequência de oito sigilos, no sentido de nos conduzir a um novo nível de consciência.
A viagem poderá nunca acabar, mas é certo o final da mera existência material do nosso corpo. Os processos evolutivos não param no momento em que nos tornarmos matéria diáfana, eles prosseguem a diferentes graus energéticos para lá do universo conhecido.
Até nos fundirmos no Absoluto.
Os Deuses inspiram-nos nesta jornada eterna da evolução.

Autor: Valquíria Valhalladur
Fonte:www.projectokarnaya.com

Mitologia Celta

MITOLOGIA CELTA

A literatura europeia e a mitologia celta estão repletas de seres que nos são extremamente familiares.
A floresta é um dos locais a maior parte delas vive, aparece ou tem grande aventuras.

As FADAS são figuras míticas que existem desde tempos remotos no folclore.
São, genericamente, criaturas sobrenaturais, geralmente com forma humana que habitam um mundo imaginário chamado "Terra das Fadas".
Intervêm na vida dos humanos recorrendo à magia.
Apesar de possuírem uma terra natal, as fadas existem no imaginário humano como vivendo na florestas, montes, ribeiros.
Nas florestas, são normalmente encontradas de noite, dançando à volta dos "Anéis de Fadas", que podem círculos de cogumelos, árvores, arbustos ou outras plantas.
As fadas têm tomado muitas formas com os povos e culturas, mas a sua presença é praticamente universal.
O termo fadas é também utilizado para referir outras criaturas como gnomos, elfos, trasgos (goblins), trolls, anões, duendes, duendes das minas (kobolds), espíritos lamentativos (banshees), espíritos (sprites) e ondinas (undines).
Apesar disso, a imagem que temos mais presente é a de seres de corpo semi-transparente, delicados que formam círculos enquanto dançam, que vem da literatura europeia.
São normalmente considerados, no folclore humano, seres benéficos mas muito sensíveis, caprichosos e que gostam de pregar partidas.
Existem igualmente fadas más que provocam azarares como o enfeitiçamento de crianças e o desaparecimento de gado.

Os UNICÓRNIOS são bestas imaginárias, com corpo de cavalo, que têm, na sua testa, um chifre longo torcido.
São de um branco muito puro, pelo que foram sempre símbolos de virgindade, pureza, sacralização e castidade.
Uma outra descrição semelhante relata-os como cavalos brancos com pés de antílope e um chifre em espiral existente num sulco na suas testas, branco na base, preto no centro e vermelho na ponta.
A eles estão associados poderes curativos bem como a característica de serem impossíveis de caçar.
As únicas pessoas que deles se poderiam aproximar seriam virgens de comportamento dócil, que os impressionariam e a quem eles se dirigiriam e baixariam a cabeça submissamente, atraídos não pela beleza ou castidade das damas, mas sim pelo perfume dos seus vestidos.


Os ESPÍRITOS (SPRITES, DUENDES, ELFOS, FADAS) são um tipo de fadas ou elfos.
O nome sprite vem do latim spiritus.
Existem em locais de grande serenidade e frescura.
Gostam muito de brincar com as ninfas.
A sua principal função é a alteração da cor das folhas das árvores no Outono, sendo possuidores tintas de muitas cores entre o amarelo e o vermelho.
São muito criativos, poéticos e artísticos.
Alguns optam por juntar-se ou mesmo casar com um humano ou um elfo e viver com eles as suas vidas.

Os ELFOS foram inicialmente, no foclore teutónico e norueguês, os espíritos dos mortos que traziam fertilidade.
Só mais tarde tiveram a imagem actual de seres sobrenaturais, com forma humana, muito bonitos (elfos da luz, elfos da floresta) ou extremamente feios (elfos negros).
Possuem orelhas pontiagudas, são mais magros e mais altos que os humanos.
Vivem nas florestas, quedas de água e nas montanhas.
São muito hábeis no uso do arco e flecha.
A crença nos elfos é praticamente universal mas teve um papel particularmente importante na mitologia dos povos das ilhas britânicas.
As histórias dos séculos VIII e XIX estão povoadas de elfos ou fadas como por vezes são chamados.
O rei dos elfos (Oberon) e a sua mulher (Titania) aparecem em muita obras desde literatura medieval e posterior como, por exemplo, "Sonho de uma noite de Verão" de Shakespear.
Existem outros elfos melhor conhecidos em partes do mundo.
Ghillie Dhu, é um elfo solitário que vive na Escócia nos vidoeiros (bétulas), estando as suas roupas entrelaçadas de folhas e musgo.
O Hedley Kow, é um elfo mal comportado, capaz de alterar a sua forma e brincalhão que vivia perto da aldeia de Hedley.
Não era mal intencionado, sendo as suas partidas usualmente inofensivas.
A mais comum era a sua transformação num fardo de palha que, quando recolhido, além de ser muito pesado, em determinado momento "ganhava vida" pois ele revertia a transformação, causando um susto enorme à pessoa que nele pegava.
Não poderiam deixar de ser referidos os elfos que habitam o mundo de J. R. Tolkien que se imortalizou com a sua obra em livros com "O SENHOR DOS ANEIS", "O HOBBIT", "OS CONTOS INACABADOS", "O SILMARILION" ou "AS AVENTURAS DE TOM BOMBADIL".

Fonte: www.naturlink.pt

Mitologia Greco-Romana


MITOLOGIAS GRECO-ROMANA E ANTERIORES

As florestas, na mitologia, são povoadas por muitas criaturas benéficas e malignas que vivem nos imaginários humanos desde tempos remotos e que vão passando por tradição oral e escrita. Muitas destas criaturas são universais, tendo por vezes apenas um nome diferente entre povos. Nas mitologias greco-romana e anteriores podemos encontrar um conjunto de criaturas ligadas à floresta, sendo muitas delas ainda comuns nos nossos dias, seja na banda desenhada, nos filmes ou nas histórias que nos são contadas.

O CENTAURO é um ser metade-homem, metade cavalo cujas origens remontam provavelmente ao segundo milénio A.C..
Não se conhece com precisão se foram os Hititas, os Gregos de Tessalónica ou os Trácios, os criadores da figura mitológica.
São vistos como guardiães das fronteiras e como caçadores da floresta.
A sua arma principal é o arco e flecha.
Desempenham um papel importantíssimo principalmente nas narrativas mitológicas gregas onde são conhecidos pelos seus comportamentos violentos e selváticos.
Acompanham frequentemente o deus Dionísio, deus do vinho e do prazer.
Existe a excepção de Quiron, um centauro benéfico e extremamente sábio e bondoso que educou os heróis gregos Aquiles e Jasão.


OS SÁTIROS ou FAUNOS são, na mitologia grega, divindades dos bosques, das florestas e das montanhas.
Possuem cornos e cauda e pernas de cabra.
Pã, o deus da floresta é um sátiro.
Eram acompanhantes do deus grego Dionísio e passavam o tempo a perseguir as ninfas, a beber vinho, a dançar e a tocar flauta de cana ou gaita de foles.
O deus Pã, como sátiro que era, é frequentemente representado a tocar uma flauta de canas o que deu origem ao nome "flauta de pã".
Os faunos são referidos pelo grande escritor português Aquilino Ribeiro na sua obra "Andam faunos pelos bosques".

era o filho de Hermes e de Penelope (mais tarde casada com Odysseus) em alguns mitos e filho de Zeus e da ninfa Callisto em outros.
Era o deus dos rebanhos, dos pastores e da floresta.
Tem a cabeça e o torso de um homem, mas os quartos traseiros e os chifres de uma cabra.
Era um músico muito dotado com as flautas e igualmente considerado um símbolo de fertilidade pela sua natureza libidinosa.


As NINFAS, eram, nas mitologias grega e romana, divindades menores ou espíritos da natureza que habitavam os bosques, florestas, pradarias, ribeiros e o mar.
São representadas por mulheres muito belas, apreciadoras de música e dança.
Eram distinguidas conforme a parte da natureza que representavam.
As ninfas dos rios eram as Potameides, as das nascentes e ribeiros de água potável eras as Náiades.
As Oréades estavam associadas às montanhas e grutas.
As ninfas da floresta eram chamadas as Dríades.
Estas últimas são representadas por árvores que tomam a forma humana em algumas ocasiões especiais.

DIONÍSIO, também chamado BACO, era o deus grego do vinho e da vegetação, especialmente dos frutos das árvores.
Com o tempo. acabou por se tornar o deus do vinho e da boa disposição para o povo grego.
Era benevolente e generoso para quem o adorava e honrava e implacável, trazendo destruição e loucura a quem dele, e os dos rituais orgíacos do seu culto, desdenhava.
Segundo a tradição, morria no Inverno e renascia na Primavera, acompanhando o ciclo dos frutos.
Muitas das peças dramáticas gregas estão a este ciclo associadas O festival mais importante onde decorriam competições de drama era denominado o "Grande Dionísia" que decorria em Atenas durante 5 dias todas as primaveras.
Foi para esta celebração que grandes dramaturgos gregos com Sofócles e Eurípedes escreveram as suas mais importantes tragédias.
No século V a.c., o deus Dionísio está associado a celebrações primaveris com um carácter frenético e libertino onde decorriam momentos orgíacos de intoxicação.
Eram denominados os mistérios de Dionísio.
Estes tornam-se comuns também para os romanos que os denominavam Bacchanalia.
As celebrações atingiram níveis extremos de indulgência tendo sido proibidos pelo Senado em 186 a.c.

Fonte: www.naturlink.pt

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Feitiço de Amor

Fazer um chá de erva doce, misturar com um cálice de vinho tinto.
Salpicar canela e entoar enquanto mexe a mistura no sentido horário:
“Erva da magia, Sol e Lua, tragam para mim um amor, e que ele venha, por livre e espontânea vontade, e que ninguém seja magoado. Esse é o meu desejo e a minha vontade. Assim seja e assim será.”
Enquanto entoa, mentalizar as características físicas e psicológicas da pessoa.
Mas não pense em ninguém em especial.
Beba a poção e aguarde os resultados!

Meditação do Coração

Esta magia serve para você encontrar um grande amor.
Desenhe no chão, com uma mistura de terra, pétalas de rosa e flores de camomila, um grande coração.
Entre no centro da figura e medite sobre as qualidades do seu futuro (a) parceiro (a) (não se fixe em ninguém em especial!).
Fantasie, deixe a imaginação viajar.
Então repita mentalmente, quantas vezes quiser:" Com a Terra eu te crio, com a rosa te conservo e com o brilho dourado da camomila te espero".

Encantamento para afastar a tristeza

Colha uma rosa e leve-a para um canteiro ou vaso à meia-noite.
Cave um buraco na terra e diga:
"Vá embora, tristeza. Coragem, coração! Pois toda a minha dor está sob este chão."
Enterre a rosa.
Afaste-se sem olhar para trás.

Feitiço para conseguir um emprego

Use um quadrado de tecido verde.
Encha-o com louro e alfazema.
Adicione quatro outras ervas regidas por:
*Mercúrio - para um emprego que envolva comunicação.
* Lua - para um emprego que envolva a cura, saúde ou trabalho de mulheres ou psicologia.
* Júpiter - para um emprego que envolva liderança e responsabilidade ou a lei.
*Marte - para um emprego que exija ação agressiva e positiva.
* Sol - para um emprego ao ar livre, em agricultura, ou na natureza, ou trabalho agradável e calmo.
* Saturno- para arquitetura, história ou qualquer outro emprego onde você estará limitando a ação ou a liberdade de outros (trabalho policial, por exemplo.)
Adicione uma moeda de prata, para a fortuna, e retratos e quaisquer instrumentos importantes que você possa usar em seu trabalho.
Amarre-o com um fio roxo.

Wicca - Símbolos

Wicca e seus símbolos

Na prática da Wicca existe uma simbologia mágica que permite a sintonia entre o indivíduo e os elementais (seres ligados aos elementos: fogo, terra, ar, água).
Desta forma, através do conhecimento milenar, é possível propagar a simbologia que permite alcançar o efeito desejado nas práticas mágicas pessoais.
Cada símbolo foi incorporado na Wicca devido à sua eficácia e são utilizados em práticas ritualistas de forma a focalizar a energia mágica em cada instrumento.
Alguns destes símbolos são reconhecidos por muitos, mas muitas vezes desconhece-se que esses símbolos são utilizados por várias religiões totalmente diferentes entre si.
De seguida colocarei os (principais) símbolos e os seus respectivos significados:

Pentagrama


Deve ser o símbolo pagão mais conhecido.
É um símbolo poderoso e popular entre bruxos e magos.
O pentagrama (estrela de cinco pontas circunscrita num círculo) representa os quatro elementos místicos: fogo, terra, ar e água, superados pelo espírito.
Na Wicca é representado com a ponta virada para cima, de forma a simbolizar as aspirações espirituais humanas.

Vénus de Willendorf

Representa a fecundidade e a fertilidade.
Baseia-se nas imagens primitivas da Grande Mãe e representa o poder mágico da alma feminina. É senhora da fertilidade da terra e do espírito. Deve ser colocada:

1. perto da cama, para a fertilidade do casal;
2. na mesa do escritório, para a fecundação de novos projectos;
3. na sala, para a fertilidade das relações familiares.

Selo de Salomão

É mais um antigo e poderoso símbolo mágico.
Consiste num hexagrama de dois triângulos entrelaçados (um voltado para cima e outro voltado para baixo).
Simboliza a alma humana, sendo utilizado para encantamentos, conjuração de espíritos, sabedoria, purificação e reforço de poderes psíquicos.


Círculo

Muito potente, não possuindo princípio ou fim.
É usado como símbolo sagrado da energia mágica, da protecção, do infinito, da perfeição e da renovação constante.

Ankh

Antigo símbolo egípcio que simboliza a vida, o conhecimento cósmico, o intercurso sexual e o renascimento.
Os deuses egípcios eram representados por este símbolo.
Também é conhecido como "Cruz Ansata".
Actualmente, é utilizado para encantamentos e rituais que envolvam saúde, fertilidade e divinação.


Olho de Hórus

Outro símbolo egípcio muito utilizado na feitiçaria moderna.
Representa o olho divino do deus Hórus, as energias solar e lunar, e também pode ser usado para simbolizar a protecção espiritual e o poder clarividente do Terceiro Olho - o olho da mente.

Fonte: Internet

O Perdão

Trate de visualizar alguém das suas relações, presentes ou passadas, a quem necessita de perdoar, alguém que a magoou, atraiçoou, ofendeu, abandonou, etc.
Por uns momentos, mantenha na sua tela mental essa “personagem principal” do seu drama terreno, por quem ainda sente ódio e raiva, ressentimento e desdém.
Procure ver essa pessoa - que costuma receber o seu ressentimento - não como a “personagem principal” mas sim como um “actor” cósmico.
Veja-a como um anjo disfarçado de ser humano, incapaz, portanto, de odiar, magoar, trair, desprezar, abandonar, etc.
(Lembre-se de que todos nós proporcionamos experiências uns aos outros para que, uns e outros, possamos aprender e, assim, nos aproximarmos da Essência.
Lembre-se, ainda, que essas experiências por vezes são dolorosas.)
Mantendo essa pessoa na tela mental, diga em voz alta o seguinte:

A natureza que reconheço em ti é incapaz de agir contra a Lei.
No entanto, na condição de Humanos, as coisas podem não ter corrido muito bem entre nós. Assim, reconhecendo essa condição espiritual, perdoo-te - incondicionalmente - todo o sofrimento que me possas ter proporcionado nesta vida e noutras vidas, neste planeta e noutros planetas.
Espero, também, que me perdoes o que te desagradou na minha conduta.
Com isto, te liberto e me liberto, para podermos prosseguir na busca da Luz, escolhendo os caminhos que nos parecerem mais correctos.
Considero-te totalmente desvinculado do carma que nos uniu.
Vai em paz para que eu possa prosseguir em paz.


Excerto do Livro “Milagres da Cura Prânica”,

Do Mestre Choa Kok Sui, editado no Brasil pela Editora Ground

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

O Último Sortilégio

O Último Sortilégio


Já repeti o antigo encantamento,
E a grande Deusa aos olhos se negou.
Já repeti, nas pausas do amplo vento,
As orações cuja alma é um ser fecundo.
E tudo dorme no confuso mundo.
Outrora meu condão fadava, as sarças
E a minha evocação do solo erguia
Presenças concentradas das que esparsas
Dormem nas formas naturais das coisas.
Outrora a minha voz acontecia.
Fadas e elfos, se eu chamasse, via,
E as folhas da floresta eram lustrosas.
Minha varinha, com que da vontade,
Falava às existências essenciais,
Já não conhece a minha realidade.
Já, se o círculo traço, não há nada.
Murmura o vento alheio extintos ais,
E ao luar que sobe alem dos matagais
Não sou mais do que os bosques ou a estrada.
Já me falece o dom com que me amavam.
Já não me torno a forma e o fim da vida
A quantos que, buscando-os, me buscavam.
Já, praia, o mar dos braços não me inunda.
Nem já me vejo ao sol saudado erguida,
Ou, em êxtase mágico perdida,
Ao luar, à boca da caverna funda.
Já as sacras potências infernais,
Que, dormentes sem deuses nem destino,
À substância das coisas são iguais,
Não ouvem minha voz ou os nomes seus.
A música partiu-se do meu hino.
Já meu furor astral não é divino
Nem meu corpo pensado é já um deus.
E as longínquas deidades do atro poço,
Que tantas vezes pálida, evoquei
Com a raiva de amar em alvoroço,
Inevocadas hoje ante mim estão.
Como, sem que as amasse, eu as chamei,
Agora, que não amo, as tenho, e sei
Que meu vendido ser consumirão.
Tu, porem, sol, cujo ouro me foi presa,
Tu, lua, cuja prata converti,
Se já não podeis dar-me essa beleza
Que tantas vezes tive por querer,
Ao menos meu ser findo dividi?
Meu ser essencial se perca em si,
Só meu corpo sem mim fique alma e ser!
Converta-me a minha última magia
Numa estátua de mim em corpo vivo!
Morra quem sou, mas quem me fiz e havia,
Anônima presença que se beija,
Carne do meu abstrato amor cativo,
Seja a morte de mim em que revivo;
E tal qual fui, não sendo nada, eu seja!

Fernando Pessoa

Wicca - O Altar

O Altar

Os rituais da Wicca são sempre celebrados na presença de um Altar.
O Altar, para os pagãos , é ao mesmo tempo a representação física e espiritual da Deusa, do Deus e dos Deuses.
Nele encontram-se sempre representados os quatro elementos da natureza.
Ele é a nossa fonte de poder, de apoio e onde focalizamos as energias invocadas e criadas no decorrer de um rito.
Para montar um Altar, o primeiro passo é adquirir os cinco Instrumentos básicos e distribuí-los pelo Altar de acordo com suas respectivas direções.

·Pentáculo: no ponto cardeal Norte
·Athame: no ponto cardeal Leste
·Bastão: no ponto cardeal Sul
·Cálice: no ponto cardeal Oeste
· Caldeirão: no centro do altar

Um Altar é sempre voltado para o ponto cardeal Norte, o ponto relacionado ao elemento Terra (a Deusa), o ponto dos mistérios e da sabedoria.
O lado esquerdo do Altar representa as energias femininas, por isso coloque uma vela preta nesse lado para representar a Deusa.
O lado direito do Altar representa as energias masculinas, por isso coloque uma vela branca nesse lado para representar o Deus.
O meio do Altar é o ponto onde todas as energias se concentram, por isso coloque uma vela vermelha nesse ponto, representando a Arte, a ativação dos nossos desejos e as energias em constante movimento.

Existem outros utensílios adicionais que podem ser integrados ao altar.

Terra-Norte
Ar-Leste
Fogo-Sul
Água-Oeste
Pires com sal
Sino
Lamparina
Conchas
Cristais e seixos de rio
Penas
Pedras vulcanizadas
Areia do mar
Plantas e flores
Incenso
Vela vermelha
Símbolo de um peixe, cisne, urso
Vela marrom
Vela amarela
Símbolo de uma serpente
Chifres
Símbolo de uma águia
Símbolos de um cervo ou bisão

Símbolos e estátuas que representam a Deusa e o Deus também podem ser colocados sobre o Altar.

O Altar é o ponto de ligação com a Deusa e com o Universo!

Várias fontes da Internet.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Magia das velas - Bases

Magia das Velas

Na Arte, elas são o poder do fogo, que aquece, ilumina, as velas são usadas para ampliar o poder e a ação de um encantamento.
Elas mandam a nossa intenção para o Cosmos e fazem com que nossos pedidos fiquem ali vibrando, mesmo quando já não estamos nos concentrando, por vezes são usadas junto com ervas, moedas e outros auxiliares nos encantamentos, todos em acordo e correspondência, apontando para um objetivo em comum.
Escolha a vela que corresponde ao seu objetivo e grave com o athame, seu nome e seu desejo, nela pode também marcar uma data ou o nome do que está projetando, como por exemplo, você pode usar uma vela verde, escrevendo nela seu nome a palavra dinheiro, colocar umas cascas de canela, algumas moedas, num dia de Júpiter, Vênus ou Sol numa lua crescente ou quase cheia, concentrar-se em seu pedido, pedindo no caso a uma deidade de prosperidade, acender a vela e aguardar.

Bases para se criar um feitiço com velas

Reúna os materiais:
Velas em suas correspondentes cores, tipos de óleos e incensos adequados.
Verifique se será necessário tintas ou essencias para você ungir/escrever nelas.
Escolha uma invocação á Deusa ou ao Deus, e o momento adequado a melhor aproveitamento do ritual.
Abra o circulo.
Consagre a vela (se quiser).
Escreva na vela seu pedidoUnja a vela com óleo (de cima para baixo para atrair e de baixo para cima para banir).
Escreva se quiser também num papel.
Acenda um incenso de acordo com a intenção.
Medite/faça uma mentalização especial, vendo seu desejo atendido, sob a luz da vela.
Queime seu pedido no fogo de seu altar
Quando seu feitiço estiver completo, se você estiver invocando algo espalhe as cinzas no vento ou enterre o excesso de cera num lugar secreto(é sempre bom lembrar que a parafina/cera no meio ambiente demora muito para se desfazer, esse lugar secreto pode ser uma caixinha onde essa parafina fique guardada até que você faça um outro feitiço onde essa mesma energia possa ser reutilizada).
Se estiver banindo algo jogue os restos no lixo ou queime a ponto de não restar nada, desintegre e faça virar simplesmente fumaça.

Como Proceder

Os rituais podem ser realizados em um mesmo local, isto entretanto nem sempre é possivel...ou desejavel, numa noite de Lua, onde você tenha acesso e o luar alcance, seja praça, quintal ou cozinha...
Vale brilhar.
Procure realiza-los num local livre de vibrações intrusas, pelo fato de que isso pode impedir resultados mais satisfatórios.
Quando se trata de velas-fogo, nunca é o bastante dizer: Cuidado!!! pois ele corroi, suplanta, queima... tudo, que estiver a seu alcance.
Escolha bem seu suporte para as velas.
Tenha sempre um lugar adequado, de preferência que não estejam em cima de um móvel de madeira.
Em caso de ausência prolongada, não se esqueça de apagá-las
Preferencialmente não use velas já utilizadas em outros rituais, principalmente velas usadas por outras pessoas, pois nunca se sabe com que inteção aquela vela foi acesa, e podem ter um efeito adverso.
Tenha sempre uma opinião firme e definitiva em seus pedidos, mudanças de desejos a cada dia podem estar misturando vibrações, que com certeza enfraquecerão o ritual.
Antes que você comece um ritual de queima de velas, é fundamental que você a unte e abençoe, a finalidade é deixá-la limpa de qualquer vibração negativa, pela manipulação de outras pessoas, e impregná-la com a sua própria vibração positiva.
Para tanto, limpe a vela com uma esponja úmida, e deixe-a secar bem.
Abençoe a vela com as seguintes palavras:
Você está limpa e abençoada para apartir de agora, executar este serviço que lhe peço.
Utilize o Athame, uma faca ou agulha, e escreva no corpo da vela o nome da pessoa, situação e/ou o problema no qual você está querendo intervir.
Se for uma pessoa, escreva somente o primeiro nome, se você não souber o nome, escreva apenas ELE ou ELA.
Enquanto isso, visualize a vela, transformando-a magicamente na questão.
Se o problema for impaciência, escreva na vela impaciência, se for falta de sorte, escreva sorte e assim sucessivamente, de acordo com as suas necessidades.
O passo seguinte, é untá-la com óleo vegetal (óleo de cozinha) porque não azeite? e óleos essenciais.
Aplique o óleo no centro da vela, e, vagarosamente vá até a ponta superior, e em seguida volte ao centro.
Depois vá do centro da vela até a extremidade inferior, retornando novamente para o centro.
Nunca vá da extremidade superior até a extremidade inferior de uma só vez.
Permita se o tempo, a contemplação.
O Ritual de queima de velas, não é uma simples brincadeira, pelo contrário, é uma coisa séria.
Seus pensamentos devem estar fixados no desejo pelo o qual você está queimando a vela, pensamentos aleatórios diminuem as chances de sucesso em seu ritual.
Utilize a cor correspondente a cada situação específica.
Na dúvida use a cor branca.

Melhorar as relações em família

A Lua, símbolo da força Yin (ou feminina), rege as emoções, os sonhos e o lar.
A sua energia favorece as relações em família e ajuda a criar elos fortes entre varias gerações, evitando que entrem em conflito.
Para fazer chegar até si a energia deste planeta, numa noite de Lua Cheia abra as cortinas e deixe que o luar invada o seu quarto.
Acenda uma vela prateada e coloque-a ao lado de uma vasilha com água filtrada, deixando que essa água seja purificada pelas vibrações da Lua durante toda a noite.
No dia seguinte, utilize essa água para lavar o rosto e as mãos.

Encontrar o verdadeiro amor

Vénus é o planeta do amor e da sedução, e a sua energia favorece as ligações românticas e estáveis.
Para receber as energias deste planeta, tome um banho de imersão ( em três sextas-feiras seguidas) em cuja água tenha misturado folhas secas de açafrão, alecrim e papoila.
Deixe secar a agua no corpo.
Em cada uma das semanas, guarde os restos das folhas dentro de um saquinho cor-de-rosa, e na última sexta-feira feche esse saquinho com uma fita azul, dando sete nós.
Se quiser, escreva num papel os seus desejos, e coloque-o dentro do saquinho antes de o fechar. Pendure-o atrás da porta do seu quarto durante o ano inteiro.
No dia em que encontrar a pessoa com quem sonhava, deixe o saquinho num local místico (Igreja, capela ou mesmo junto ao mar) em sinal de agradecimento.

Afastar a inveja

Acenda um incenso chamado abre-caminho (que pode ser facilmente encontrado em casas de artigos esotéricos) e diga, olhando fixamente para ele, as seguintes palavras:
"Espírito abençoado, pelo poder do fogo destruidor e das cinzas, eu te peço que afaste de mim qualquer inveja e não deixe que nada mais me atormente".
Quando ele queimar todo, agarre nas cinzas e sopre-as para o lado do Sol nascente.
Você pode fazer esta feitiçaria mais de que uma vez, só não pode contar a mais ninguém, que o fez.

Conseguir casar

Na primeira sexta-feira de qualquer mês, às 7 horas da manhã, pronuncie estas palavras: "Eu sou muito feliz porque vivo com o meu coração cheio de amor e carinho. Que a pessoa que eu amo seja também imensamente feliz. Que os nossos sonhos sejam totalmente realizados com o poder da Virgem Maria, nossa Rainha da Paz. Faça-me sentir, nesse momento, todo o amor que circula no Universo e no coração de quem amo. Amén!".
Você pode repetir esta feitiçaria quantas vezes forem necessárias.

Alegria no romance

Segure 1 papel vermelho, desenhe um coração aproximadamente da palma da sua mão e escreva nele esta rima: "Alegria para mim. Alegria para ti. Alegria para todos os que estiverem aqui".
Coloque o coração de papel no seu espelho e lembre-se da criança que existe dentro de você.
Durante 6 dias, 6 minutos por dia, procure observar o coração com os olhos puros de uma criança.
No sétimo dia, agarre no papel e enterre num vaso que tenha a planta comigo-ninguém-pode.

Atrair a pessoa amada

Acenda 1 vela roxa numa noite de Lua Nova.
Coloque 1 copo cheio de água próximo à vela e acenda 1 incenso (daqueles com formato de pauzinho) de rosa ou jasmim.
Desenhe um coração numa folha de papel que nunca tenha sido usada.
Em seguida, olhe fixamente para o coração e diga: "Quando olho para esse coração aberto, tão cheio de alegria, sinto o começo do amor e da felicidade percorrendo o meu ser".
Deixe o coração ao lado da vela e do incenso até que eles se apaguem.
Guarde as sobras da vela, o restante do material que usou na feitiçaria ponha tudo no lixo, sem que ninguém veja.

Oração de São Francisco de Assis

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre,
Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Guia Herbal

A

Alecrim (Rosmarinus officinalis).
Planeta: Sol.
Elemento: Fogo

Usado em encantamentos de proteção, para ajudar nos estudos.
Lavar as mãos com uma infusão de alecrim substitui um banho de purificação.
Beba um chá de alecrim antes de fazer um exame ou uma entrevista para ter a mente alerta.
O chá de alecrim é ótimo para trazer o ânimo de volta.
Está ligado a fidelidade, amor, lembranças felizes.
O cheiro de alecrim mantém a pessoa alegre, é um símbolo de amizade.

Açafrão (Crocus sativus).
Planeta: Sol.
Elemento: Fogo

Usado em rituais de prosperidade e cura.

Alho (Allium sativum).
Planeta: Marte.
Elemento: Fogo

Erva extremamente protetora.
Pode ser pendurado em casa para proteger.
Também utilizado para fazer exorcismo.
Os antigos gregos colocavam o bulbo do alho em um monte de pedras em um cruzamento como uma oferenda à Hécate.

Amêndoas (Prunus amygdalus [doce] Amygdalus communis [amarga])

Antigamente as amêndoas era conhecidas por prevenir a intoxicação, no tempo medieval as amêndoas eram adicionadas as refeições por esse mesmo propósito.
Além disso, a amêndoa é consumida para dar inteligência.

Angélica (Angelica archanegelica).
Planeta: Sol.
Elemento: Fogo

A raiz dessa erva guardada em um saquinho de tecido azul funciona como um poderoso talismã protetor.
A raiz também pode ser colocada em um saquinho de tecido branco ou azul, e pendurado na janela para proteger a casa e as pessoas que moram nela de todo o mal.

Anis (Pimpinela anisum).
Planeta: Júpiter.
Elemento: Ar

Usado para proteção.
Um travesseiro feito com anis, proporciona um sono tranqüilo e sem pesadelos.
É considerado um ótimo protetor contra olho gordo.

Avelã (Corylus spp.).
Planeta: Sol.
Elemento: Ar

A madeira é apropriada para fazer qualquer tipo de bastão.
Um ótimo encantamento para lhe trazer sorte consiste em fazer uma cruz solar amarrando 2 galhos juntos com um cordão vermelho ou dourado.

B

Bálsamo de Gilead (Populus candicans).
Planeta: Saturno

O botão pode ser usado para curar um coração partido.
Também é usado em feitiços de amor e proteção.

Basílico (Ocimum basilicum).
Planeta: Marte.
Elemento: Fogo

Usado em rituais de riqueza e prosperidade.
Pode ser carregada no bolso para atrair dinheiro.
Há tempos atrás acreditava-se que a mulher acabaria com a infidelidade do marido salpicando basil no corpo dele.

Baunilha (Vanilla aromatica ou Vanilla planifolia).
Planeta: Júpiter.
Elemento: Fogo

Usado me encantamentos de amor, e o óleo de baunilha tem função afrodisíaca.

Benjoim (Styrax benzoin).
Planeta: Sol.
Elemento: Ar

Usado como incenso para purificação.

C

Camomila (Anthemis noblis).
Planeta: Sol.
Elemento: Água

Usado em encantamentos e em rituais de prosperidade.
Estimula o sono.
O chá acalma e tranqüiliza, pode ser muito útil quando você precisar fazer um ritual e estiver sentindo raiva ou agonia.
Lavar o rosto e as mãos com camomila atrai amor.

Canela (Cinnamonum zeylanicum).
Planeta: Sol.
Elemento: Fogo

Usado como incenso para cura, clarividência, vibrações espirituais.
Conhecida como um poderoso afrodisíaco.
Usado em feitiços de prosperidade.
Muito usada também em feitiços de amor.

Carvalho (Quercus alba).
Planeta: Sol.
Elemento: Fogo

Árvore sagrada em muitas culturas.
Queimar folhas de carvalho purifica.
A madeira é usada para fazer bastões de todos os tipos.
O fruto de carvalho pode ser usado para fazer encantamentos de fertilidade, preservar a juventude, evitar doenças.
O homem pode usar o fruto de carvalho para aumentar seu poder sexual.

Cebola (Allium cepa).
Planeta: Marte.
Elemento: Fogo Topo

Usado para proteger e curar.

Cipestre (Cupressus spp.).
Planeta: Saturno.
Elemento: Terra

A fumaça do cipestre pode ser usada para consagrar instrumentos mágicos.

Coentro (Coriandrum sativum).
Planeta: Marte.
Elemento: Fogo

Usado em feitiços de amor.

Cominho (Carum carvi).
Planeta: Mercúrio.
Elemento: Ar
Usado em encantamentos de amor para atrair a pessoa amada.

Cravo (Dianthus caryophyllus).
Planeta: Sol.
Elemento: Fogo

Na época da inquisição as bruxas carregavam o cravo consigo para prevenir-se da captura ou enforcamento.
Gera energia no ritual quando usado como incenso.

D

Dill (Anethum graveolens).
Planeta: Mercúrio.
Elemento: Fogo

Usado em feitiços de amor.
Pendurado em quarto de crianças para protegê-las.
Em tempos antigos o dill era usado para se proteger contra bruxarias.

E

Espinheiro (Crataegus oxyacantha).
Planeta: Marte.
Elemento: Fogo

Usado em "saquinhos" de proteção.
Na antiga Grécia e Roma, era associado a felicidade no casamento.
Pode ser queimado como incenso quando você precisar de energia e dinamismo em sua vida, e quando precisar refletir sobre sua vida.

Eucalipto (Eucalyptus globulus).
Planeta: Lua.
Elemento: Ar

Usado em rituais de cura, e em feitiços de todos os tipos.
Pode ser utilizado para cura colocando as folhas em volta de uma vela azul e em seguida queimá-la.
Também pode ser pendurada em volta do pescoço para curar resfriados e dores de garganta.

F

Freixo (Fraxinus excelsior).
Planeta: Sol.
Elemento: Água

Usado para fazer vassouras, e bastões de cura.
As folhas deixadas embaixo do travesseiro induz a sonhos psíquicos.
A folha pode ser trazida no bolso para atrair boa fortuna.

G

Gardénia (Gardenia spp.).
Planeta: Lua.
Elemento: Água

Use as flores para atrais amor.

Girassol (Helianthus annus).
Planeta: Sol.
Elemento: Fogo

Traz bênçãos do Sol em qualquer jardim no qual ele cresce.

H

Hera (Hedera spp.).
Planeta: Saturno.
Elemento: Água

Guarda e protege a casa, de quem possui essa planta.

Hortelã (Mentha piperata).
Planeta: Vênus.
Elemento: Ar

Usado em encantamentos de cura, tomar banho com hortelã também é ótimo para curar, e também pode ser usado como incenso.

I

Íris (Iris florentina ou Iris germanica).
Planeta: Vênus.
Elemento: Água

Usado em feitiços de amor, banhos e incensos.

J

Jasmin (Jasminum officinale ou Jasminum odoratissimum).
Planeta: Júpiter.
Elemento: Terra.

Usado em feitiços de amor.

Junípero (Juniperus communis).
Planeta: Sol.
Elemento: Fogo

O ramo de junípero é usado para evitar acidentes.
O grão seco tem a propriedade de atrair amor.
Essa planta protege a casa contra roubo.

L

Laranja (Citrus sinesis).
Planeta: Sol.
Elemento: Água

A casca seca de laranja é usada em feitiços de amor e fertilidade, e como incenso solar.
É um símbolo tradicionalmente chinês de sorte e prosperidade.

Lavanda (Lavendula vera ou Lavendula officinale).
Planeta: Mercúrio.
Elemento: Ar

Usado em banhos ou como incenso para purificação.
Jogar lavanda no fogo no solstício de verão é um tributo aos Deuses e também nos dá visão e inspiração.
Usado também em banhos para curar, e para atrair homem.
O perfume da Lavanda induz ao sono. Excelente para dar claridade e coerência em trabalhos mágicos e concentrar a visualização.

Louro (Lauris noblis).
Planeta: Sol.
Elemento: Fogo

Na Antiga Grécia as folhas de louro eram usadas para fazer coroas para os vitoriosos no atletismo ou nos concursos de poesia.
As folhas podem ser queimadas ou mastigadas para induzir visões.
Usado como amuleto para evitar as negatividades.
As folhas deixadas embaixo do travesseiro induzem a sonhos proféticos.
Pode ser usado em rituais de proteção e purificação.
Manter um pé de louro em casa protege todos os que moram nela de doenças.

M

Mandrágora (Mandragora officinarum).
Planeta: Mercúrio.
Elemento: Terra

Uma erva muito poderosa para proteger o Lar.
A raiz pode ser usada para curar a impotência masculina.
Para carregar a mandrágora com seu poder pessoal, deixe-a em sua cama durante 3 dias durante a lua cheia.
Usada para dar coragem.

Manjerona (Origanum majorana).
Planeta: Mercúrio.
Elemento: Ar

Usado em feitiços de amor.
Coloque um pedaço dessa erva em todos os cômodos da casa para ter proteção.

Margarida (Bellis perennis)

As margaridas estão associadas as celebrações da primavera e do verão: decorar a casa na noite do verão, traz felicidade para o lar e atrai as fadas.

Maçã (Pyrus malus).
Planeta: Vênus.
Elemento: Água

Muito usada em feitiços de amor há milhares de anos.
O suco da maçã pode substituir o vinho, quando for realizar um feitiço ou algum ritual.
A madeira da macieira pode ser usada para fazer bastões, e utilizá-lo para realizar feitiços de amor.

Meimendro (Hyoscyamus niger).
Planeta: Saturno.
Elemento: Água

Venenoso!
Usado para atrair o amor de uma mulher.
Também usado em adivinhação salpicando meimendro na água (scrying).

Mirra (Commiphoria myrrha).
Planeta: Sol.
Elemento: Água

Usado como incenso protetor e purificador.
Também pode ser usado para consagrar instrumentos mágicos.

Murta (Myrica cerifera).
Planeta: Vênus.
Elemento: Água

Sagrado para Vênus, é usado em feitiços de amor e de todos os tipos.
Ter murta em casa atrai sorte.
Use as folhas de murta para atrair amor, e a madeira para preservar a juventude.
Use a madeira para fazer encantamentos.

N

Noz (Juglans regia).
Planeta: Sol.
Elemento: Fogo

Use a noz em encantamentos para promover a fertilidade e fortalecer o coração.

Noz-moscada (Myristica fragrans).
Planeta: Júpiter.
Elemento: Ar

Usado para reforçar a clarividência prevenir reumatismo.
Sonhar com noz-moscada significa mudanças na vida do sonhador.

O

Olíbano(Boswellia carterii).
Planeta: Sol.
Elemento: Fogo

Seu perfume é muito poderoso para ajudar em meditações.
Use como incenso para proteger.

Oliva (Olea europaea)

Sagrado para Atenas.
É um símbolo de paz e prosperidade.

P

Patchouli (Pogostemon cablin ou Pogostemon patchouli).
Planeta: Sol.
Elemento: Terra

Erva afrodisíaca, também atrai amor.

Pimenta (Capsicum spp.).
Planeta: Marte.
Elemento: Fogo

Usado em feitiços de proteção.

R

Rosa (Rosa spp.).
Planeta: Vênus.
Elemento: Água

Beba um chá de rosas parar ter sonhos adivinhatórios, ou para melhorar a beleza.
Usados como incenso ou em encantamentos, para dormir, atrair amor e curar.
Sonhar com rosas significa, sucesso no amor, fortuna.

S

Sabugueiro(Sambucus canadensis).
Planeta: Vênus.
Elemento: Ar

Os galhos podem ser usados para fazer varinhas mágicas.

Salgueiro (Salis alba).
Planeta: Lua.
Elemento: Terra

Os bastões feitos com a madeira do salgueiro têm a propriedade de cura.
O salgueiro traz bênçãos da Lua para aqueles que o tem em sua propriedade.
O salgueiro pode ser usado para fazer a vassoura mágica.
Tanto as folhas quanto a madeira.

Salsa (Carum petroselinum).
Planeta: Mercúrio.
Elemento: Ar

Na antiga Grécia e Roma era um símbolo de morte, e era usada nas coroas de flores em túmulos. Era sagrado para Perséfone e usado em ritos funerários.

Sálvia (Salvia officinalis).
Planeta: Júpiter.
Elemento: Terra

Usado em encantamentos de cura e prosperidade.
Promove a longevidade e saúde.

Samambaia.
Planeta: Saturno.
Elemento: Terra

É uma planta extremamente poderosa para a proteção da casa.

Sândalo (Santalum album).
Planeta: Lua.
Elemento: Ar

Usado como incenso para purificar, curar e proteger.


Sangue de Dragão (Daemonorops draco ou Dracaena draco).
Planeta: Marte.
Elemento: Fogo

Usado em feitiços de amor e proteção.
Um pedaço colocado debaixo da cama ajuda a curar a impotência.
Carregue um pedaço com você para sempre ter sorte.
Pode ser dissolvido e usado no banho para uma poderosa purificação.
O sangue de dragão também é usado para fazer tinta mágica.

T

Tília (Tilia europaea).
Planeta: Júpiter

Associado ao amor conjugal e a longevidade.

Tomilho (Thymus vulgaris).
Planeta: Vênus.
Elemento: Ar

Usado como incenso purificador, banhos mágicos de limpeza.
Pode ser inalado para refrescar e renovar energia.
Use para se defender contra negatividade.
Traz inspiração e coragem.


Trevo (Trifolium spp.).
Planeta: Mercúrio

Associada a Deusa Tríplice.
Usado em rituais de beleza e juventude.
O trevo de quatro folhas, pode ser usado para ver fadas, curar doenças, e em feitiços de boa sorte.
Sonhar com trevo significa fortuna principalmente para pessoas jovens.

U

Urtiga (Urtica dioica).
Planeta: Marte.
Elemento: Fogo

Encha um pote com urtiga para mandar más vibrações e maldições de volta para quem te mandou.
Usado em feitiços de proteção.
Usado para dar coragem.
Foi considerado como antídoto contra vários venenos.

Fonte: Templo Astral

Ervas Mágicas - Seus Poderes

O Poder e a Magia das Plantas

Negócios: benjoim, canela, cravos da índia, louro.
Adivinhação: alecrim, anis estrelado, artemísia, canela, freixo, louro, noz-moscada, rosa, sândalo.
Fertilidade: carvalho, girassol, mandrágora, noz, papoula, pinho, romã, rosa.
Cura: alecrim, arruda, canela, cardo bento, cravo, eucalipto, freixo, hortelã, lavanda, maçã, mirra, naciso, rosa, sálvia, violeta.
Amor: alecrim, canela, cominho, coentro, jasmim, laranja, lavanda, limão, lírio, maçã, manjericão, verbena, violeta.
Dinheiro: amêndoa, artemísia, brionia, camomila, cravo, jasmim, madressilva, manjericão, menta, trigo.
Proteção: alecrim, angélica, arruda, boca de leão, artemísia, erva doce, freixo, louro, peônia, verbena, visgo.
Purificação: açafrão, alfazema, alecrim, aniz, arruda, hortelã, lavanda, limão, louro, mirra, olíbano, sabugueiro, sândalo, sangue de dragão.

Fonte: www.circulosagrado.com